A instalação de placas fotovoltaicas em residências em locais com bons níveis de exposição solar durante o ano tem se tornado cada vez mais popular ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Legenda: Com 200 mil habitantes, a cidade de Ota (Japão) é considerada a capital solar mundial. Suas residências possuem painéis fotovoltaicos nos telhados.
A instalação e os equipamentos desse sistema foram fornecidos gratuitamente ou então subsidiados pelo governo.
Essas placas são compostas de células fotovoltaicas que transformam a energia da radiação solar em energia elétrica num processo chamado efeito fotovoltaico, observado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre E. Becquerel (1820 – 1891). Entretanto, a primeira célula fotovoltaica só seria criada em 1883 pelo cientista americano Charles Fritts (1850-1903) com base nos trabalhos de Becquerel.
Inicialmente, o custo de projeto e fabricação das primeiras placas fotovoltaicas era elevado. Consequentemente, elas só eram utilizadas em aplicações muito específicas e a sua comercialização para finalidades domésticas era pouco comum. Além disso, foi necessário se tomar uma série de precauções nas atividades de exploração da matéria prima (Gálio, Silício e Arsênio, por exemplo) necessária para a sua fabricação que pode, entre outros aspectos, causar contaminação de águas superficiais, contaminação dos solos, remoção de vegetação e evasão de animais nativos da área de extração mineral.
Foi somente na segunda metade do século XX, com a corrida espacial, que se verificou a possibilidade de se revisitar o projeto das células fotovoltaicas. Os satélites lançados em órbita naquela época precisariam de baterias para mantê-los em funcionamento, mas como recarregá-las? A solução foram as células fotovoltaicas, mas isso só ocorreu em 1973, quase 100 anos depois da criação da primeira célula fotovoltaica!
Legenda: Estação Espacial Internacional utilizando placas fotovoltaicas para transformar energia da radiação solar em energia elétrica.
Atualmente, a China tem se destacado como o maior produtor mundial de placas fotovoltaicas. Isso está fazendo com que o custo de fabricação dos painéis fotovoltaicos diminua ano após ano, a ponto de se tornar uma alternativa economicamente atraente, quando comparada às fontes de energia mais convencionais, tais como hidrelétrica, termelétrica e nuclear. É interessante observar que o fato está em boa parte associado ao empenho do gigante asiático em diminuir as emissões de poluentes, principalmente gerados pela extensa utilização de carvão mineral em termelétricas em seu território, com prejuízos a população e ao meio ambiente.
Com base no texto, responda:
a) O desenvolvimento tecnológico sempre gera impactos ambientais? Justifique.
b) Alguns locais do Brasil ainda são carentes de energia elétrica devido à distância que se encontram das usinas geradoras de energia ou devido ao difícil acesso a esses locais. Você consideraria a possibilidade de se utilizar as placas fotovoltaicas nesses locais? Justifique.
c) Descreva alguns aspectos positivos e negativos da utilização das placas fotovoltaicas na geração de energia elétrica a partir da energia solar.
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) Sim. Nesse exemplo o proprio texto cita que há exploração dos recursos ambientais como exploração da matéria prima (Gálio, Silício e Arsênio, por exemplo) necessária para a sua fabricação que pode, entre outros aspectos, causar contaminação de águas superficiais, contaminação dos solos, remoção de vegetação e evasão de animais nativos da área de extração mineral.
B) Há possibilidade desde que haja intervenção da aplicação pelos orgãos públicos. Na própria pergunta há a explanação de carência da fonte elétrica, devido ao difícil acesso a esses locais tornando inviável o acesso, principalmente pelo alto custo de implantação. Isso reflete que a população é basicamente de baixa renda, necessário a intervenção dos órgãos públicos em programas de auxílio.
C) Aspectos positivos: energia limpa, redução de custos monetários, baixa manutenção.
Aspectos negativos: exploração de recursos, alto custo de implantação etc.
Explicação: