Filosofia, perguntado por ac0282, 7 meses atrás

a) Inspirando - se nos versos a seguir e na sua experiência de vida, escreva uma poesia sobre o valor da vida.

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
(Fernando Pessoa)

Soluções para a tarefa

Respondido por winederrn
45

Segue uma pequena poesia que mostra o valor da vida:

A nossa vida é tão pequena, mas tão pequena

que nos obriga a ter uma visão bem serena.

A cada dia, temos várias preocupações

por isso, é preciso focar e evitar certas distrações.

Não tem necessidade de ser melhor do que ninguém

afinal, todos vão para o mesmo buraco (do cemitério) também.

A vida tem o significado que você dá a ela

mas não é conto de fadas, como a história da Cinderela.

Nessa vida, o bom mesmo é ajudar e ser ajudado

hoje, você dá a mão; amanhã, você é abraçado.

Viver é saber enfrentar o mundo e aproveitar as oportunidades

isso mostra que as pessoas podem ser felizes, mas sem vaidades.

Lute pela realização dos seus sonhos!

Respondido por AnthonioJorge
3

Os versos de Fernando Pessoa demonstram um otimismo esperançoso em relação à vida e ao movimento que ela engendra naturalmente.

De modo análogo, Fernando Pessoa utiliza um de seus pseudônimos para mostrar que a vida, ao mesmo tempo, é injusta por natureza. É o que diz o seguinte poema de Alberto Caeiro:

Alberto Caeiro

Ontem o pregador de verdades dele

Falou outra vez comigo.

Falou do sofrimento das classes que trabalham

(Não do das pessoas que sofrem, que é afinal quem sofre).

Falou da injustiça de uns terem dinheiro,

E de outros terem fome, que não sei se é fome de comer,

Ou se é só fome da sobremesa alheia.  

Falou de tudo quanto pudesse fazê-lo zangar-se.

Que feliz deve ser quem pode pensar na infelicidade dos outros!

Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é deles.

E não se cura de fora,

Porque sofrer não é ter falta de tinta

Ou o caixote não ter aros de ferro!

Haver injustiça é como haver morte.

Eu nunca daria um passo para alterar

Aquilo a que chamam a injustiça do mundo.

Mil passos que desse para isso

Eram só mil passos.

Aceito a injustiça como aceito uma pedra não ser redonda,

E um sobreiro não ter nascido pinheiro ou carvalho.

Cortei a laranja em duas, e as duas partes não podiam ficar iguais.

Para qual fui injusto — eu, que as vou comer a ambas?

Uma análise rápida do poema mostra uma submissão jubilosa em relação ao fato de existir sofrimento, dor e injustiça na vida: qualquer ato humano que se reduza a lutar contra tais eventos soa, para Alberto Caeiro, como pretensiosos.

O papel do poeta, neste sentido, é mostrar o valor da vida em suas faces mais ocultas e duras: ao mesmo tempo bem e mal, sofrimento e bonança, justiça e injustiça fazem parte da percepção do poeta, que se desdobra em diversas figuras para condensar a complexidade da vida humana e apresentá-la ao leitor, ávido para descobrir a própria realidade.

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