A Indústria da Construção Civil (ICC) mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho (AT) apesar de esforços governamentais, empresariais e sindicais no sentido de reduzi-los.
Em razão dessa situação retirar grandes montas dos cofres públicos, considerando-se que o pagamento da indenização ou benefício ao trabalhador é feito pela Previdência Social, houve empenho governamental de revisar as normas de segurança relacionadas à construção civil.
Os custos para implantação de sistemas de saúde e segurança nos canteiros de obras estão estimados em 1,5 a 2,5 % sobre o seu valor total. Dessa forma, caso uma obra civil custe R$ 1 milhão, hipoteticamente, o gasto aproximado com práticas de segurança e saúde do trabalho serão de aproximadamente 15 a 25 mil reais.
Tal situação é gerada pois os empregados da ICC apresentam instabilidade empregatícia: em épocas de crescimento do setor, são recrutados da zona rural ou de estados mais pobres sem nenhum treinamento específico e, portanto, sem qualificação profissional. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e o reduzido investimento por parte das empresas em treinamento e desenvolvimento costumam ser algo característico dessa indústria.
Em investigação realizada em um Hospital Universitário da cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil, verificou-se, nos prontuários hospitalares, nas anotações efetuadas por profissionais da equipe de saúde, constavam a incidência de Acidentes de Trabalho ocorridos e suas possíveis relações com a ocupação dos pacientes/trabalhadores, que procuraram atendimento à saúde no período de dois anos consecutivos.
Nessa ocasião, foram pesquisados 6.122 prontuários, objetivando investigar o número de trabalhadores acidentados, assim como suas características pessoais e dos acidentes, como as causas, as partes do corpo atingidas e pelos AT. De 6.122 prontuários hospitalares de pacientes acidentados no trabalho, 150 (2,45%) referiam-se aos trabalhadores da ICC. A faixa etária predominante foi a compreendida entre os 31 e 40 anos (34,7%), todos eram do sexo masculino e 55,3% procedentes da própria cidade.
As causas predominantes foram as quedas (37,7%); as partes do corpo mais lesadas foram os membros superiores (30,7%).
Cabe ressaltar que em nenhum prontuário pesquisado encontrou-se uma via da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), documento obrigatório quanto ao registro dos acidentes de trabalho.
Referências Bibliográficas:
1. Santana VS, Oliveira RP. Saúde e trabalho na construção civil em uma área urbana do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(3):797-811, mai-jun, 2004. Disponível em:
2. Silveira, C. A., Robazzi, M. L. C., Walter, E. V., Marziale, M. H. P., Acidentes de trabalho na construção civil identificados através de prontuários hospitalares. REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 58(1): 39-44, jan. mar. 2005. Disponível em:
3. Takahashi, M. A. B., da Silva, R. C., Lacorte, L. E. C, et al. Precarização do trabalho e risco de acidentes na construção civil: um estudo com base na Análise Coletiva do Trabalho (ACT). Disponível em:
A) Não há medidas preventivas que possam evitar acidentes nessa área produtiva, visto que o risco ocupacional é muito alto.
B) As principais ferramentas documentais e operacionais para direcionar os profissionais de saúde e segurança do trabalho nas obras de construção civil são a utilização de EPIs e EPCs, a correta caracterização dos riscos inerentes às atividades, a realização cotidiana e periódica das oficinas de capacitação considerando todos os trabalhadores expostos ao risco e Alta Diretoria da empresa.
C) Os riscos de acidentes mais expressivos na Indústria da Construção Civil consistem em cortes, fraturas, picadas por animais peçonhentos, risco de incêndios, queimaduras, contaminação por agentes biológicos, amputação dos membros, quedas e exposição ao ruído.
D) A indústria da Construção Civil é um dos ramos operacionais onde ocorrem mais acidentes, não somente pela falta de capacitação de seus colaboradores mas, também, em razão da falta de profissionais qualificados na área de segurança do trabalho para atuar nessas obras.
E) A utilização de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs são suficientes para possibilitar a correta proteção dos colaboradores e prevenção de acidentes.
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
D) A indústria da Construção Civil é um dos ramos operacionais onde ocorrem mais acidentes, não somente pela falta de capacitação de seus colaboradores mas, também, em razão da falta de profissionais qualificados na área de segurança do trabalho para atuar nessas obras.
Respondido por
1
Resposta:
D) A indústria da Construção Civil é um dos ramos operacionais onde ocorrem mais acidentes, não somente pela falta de capacitação de seus colaboradores mas, também, em razão da falta de profissionais qualificados na área de segurança do trabalho para atuar nessas obras.
Perguntas interessantes
História,
6 meses atrás
Matemática,
6 meses atrás
História,
6 meses atrás
Informática,
8 meses atrás
Física,
8 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Inglês,
1 ano atrás
Geografia,
1 ano atrás