A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
(Carlos Drummond de Andrade. Deixa que eu conto) (2010_LPT_EF6_H30_0183_SUP)
(2010_LPT_EF6_H30_0183) No texto, o enunciado “Este menino é mesmo um caso de poesia” é uma fala
(a)de Paulo em discurso indireto.
(b)de Dona Coló em discurso direto.
(c)do narrador.
(d)do Dr. Epaminondas em discurso direto.
ME AJUDA
marialemes673:
ok
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Resposta:
resposta D
Explicação:
o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia
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