História, perguntado por Juliana2251, 1 ano atrás

a igreja no brasil colonial como ocorreu, o que foi

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Respondido por rodrigocosta967
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Os missionários que evangelizaram o Brasil partiram todos de Portugal, seguindo um processo chamado de colonial. Tinham em mente a exclusividade (ou seja, temiam a concorrência de outras nações colonizadoras) e quando aqui chegavam havia a fase do "resgate", onde ocorria a troca de presentes a fim de deslocar os indígenas de seu lugar tradicional para engajá-los na empresa colonial. 

Foi no ano de 1500, com o seu "descobrimento" por Pedro Álvares Cabral que o Brasil entra nessa empreitada. Chegaram ao Brasil, na frota de Pedro Álvares, oito franciscanos em companhia de Frei Henrique de Coimbra. Mas, o estabelecimento mesmo da ordem franciscana no Brasil está ligado à conquista da Paraíba, lá pelos anos de 1580. Depois vieram também os carmelitas, beneditinos e os jesuítas. A vinda destes últimos está ligada ao plano de D. João III de colonização do Brasil. 

Com respeito ao padroado no Brasil, cumpre salientar que foram os diversos arranjos que conseguiram instrumentalizar a Igreja Católica aqui, exprimindo o Brasil uma aliança entre Roma e Portugal no séc. XV. Os reis de Portugal gozavam do direito de padroado sobre as novas colônias portuguesas e deste modo os monarcas constituíram como verdadeiros chefes espirituais das novas terras, por delegação do papa. Por essa razão, ao monarca português competia implantar a fé cristã nas terras brasileiras. 

O significado da atuação dos religiosos na fase colonial do Brasil deve ser entendido dentro do contexto da política colonizadora de Portugal. Para os monarcas portugueses, colonizar e evangelizar se colocavam em pé de igualdade, e muitas vezes se confundiam. Com freqüência os colonizadores identificavam a cultura européia, e especificamente a cultura portuguesa, com o cristianismo. Sendo assim, evangelizar torna-se sinônimo de aportuguesar. 

Em 1553 começam os famosos movimentos jesuíticos, com José de Anchieta e Nóbrega e as conhecidas experiências de aldeamentos. Havia uma aliança entre os padres jesuítas com o poder colonizador, porém isto não nos pode fazer perder de vista o valor missionário da experiência jesuítica. Os jesuítas que acompanharam Tomé de Sousa na sua expedição ao Brasil em 1549 se transformarão nos baluartes de defesa da liberdade dos índios, muitas vezes violada pelos colonos em vista da necessidade de braços nas lavouras. 

Os jesuítas foram indiscutivelmente os pioneiros da educação no Brasil. Até 1759, data em que Pombal os expulsou, tiveram eles absoluta liderança no setor da educação. Embora o que mais se ressalte seja a obra catequética e evangelizadora, o ponto mais alto de sua atividade está no campo educacional. Já no século XVI os principais centros urbanos do Brasil, como Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, contavam com colégios jesuítas. Ao lado da formação dos futuros jesuítas, que continuou sendo sempre uma das finalidades dos colégios, o alto nível intelectual desses estabelecimentos de ensino preparou os homens que assumiram a liderança do Brasil colônia 

Os franciscanos tiveram a sua fase de estabelecimento em conventos a partir de 1585, com a criação da custódia de Santo Antônio em Olinda. 

A partir de 1617, a atenção se volta para o Maranhão, surgindo um novo impulso a partir de 1657, quando a Custódia de Olinda é elevada a província, recebendo da coroa novas missões entre Bahia e Paraíba que conserva até meados do séc. XIX (1863). 

Com relação à história dos indígenas no primeiro período colonial, é marcante a sua eliminação nas regiões ocupadas pelo branco. 

Através de alguns conflitos que surgiram desde o início da evangelização, podemos detectar provas do verdadeiro espírito missionário que animava muitos missionários, como o ocorrido na Paraíba, entre franciscanos e jesuítas, não sendo uma mera discórdia entre clero secular e regular, e sim uma questão de tomada de posição frente ao poder colonial. 

Com relação às dioceses, a sua criação durante o período colonial dependia do poder real, sendo muito escassas nessa época. Não corresponderam às exigências do da Igreja do Brasil. 

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