A historiografia política brasileira aborda diversos temas que estão, invariavelmente, conectados aos ideais do presente. Portanto, ainda que o autor analise o passado, sua subjetividade e historicidade fazem parte da operação historiográfica. Francisco José de Oliveira Vianna (1883-1951) foi um conhecido jurista e sociólogo nascido no Estado do Rio de Janeiro que teve voz no governo de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945. Suas discussões acerca da divisão do Direito em Comum e Trabalhista ficaram famosas e ajudaram a moldar a Legislação do Trabalho. Essa influência o colocava como um dos intelectuais mais conceituados do País. Em 1934, após a leitura de obras seminais sobre o determinismo racial e a eugenia, que surgiram no século XIX, e principalmente as de Arthur de Gobineau (1816-1882) e Georges Vacher de Lapouge (1854-1936), Vianna publicou Raça e assimilação. Seu objetivo era analisar cientificamente a evolução da sociedade brasileira. Imagine que você é professor de História e vai estudar essa ideia com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental II, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.
Soluções para a tarefa
Resposta:
No trecho destacado, Vianna afirma que os índios do Brasil eram mais selvagens, menos civilizados que as populações asteca e inca, por exemplo. Estes, que viveram na América do Norte e do Sul, respectivamente, eram classificados dessa maneira por terem organizações sociais, políticas e econômicas consideradas avançadas pelos europeus. Essas ideias já eram disseminadas nos séculos XVI e XVII, e a surpresa diante das construções monumentais ao aportarem na América demonstra o julgamento inferior direcionado aos nativos.
Para Vianna, os índios daqui demonstravam sua baixa hierarquia na cadeia evolutiva pela falta de organização social, política, econômica e um exemplo disso era a parca tecnologia aplicada nas moradias. O nomadismo, citado por ele, era uma característica das sociedades nômades na Pré-História antes da sedentarização e do aparecimento da agricultura.
O autor mantém a visão construída por historiadores que exaltavam a colonização portuguesa como a salvação civilizacional dos povos indígenas. Ao longo da sua obra, Vianna expõe como o embranquecimento da população brasileira seria, portanto, a "saída ideal" para a evolução, corroborando a ideia eugenista da época.
Explicação:
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No trecho destacado, Vianna afirma que os índios do Brasil eram mais selvagens, menos civilizados que as populações asteca e inca, por exemplo. Estes, que viveram na América do Norte e do Sul, respectivamente, eram classificados dessa maneira por terem organizações sociais, políticas e econômicas consideradas avançadas pelos europeus. Essas ideias já eram disseminadas nos séculos XVI e XVII, e a surpresa diante das construções monumentais ao aportarem na América demonstra o julgamento inferior direcionado aos nativos.
Para Vianna, os índios daqui demonstravam sua baixa hierarquia na cadeia evolutiva pela falta de organização social, política, econômica e um exemplo disso era a parca tecnologia aplicada nas moradias. O nomadismo, citado por ele, era uma característica das sociedades nômades na Pré-História antes da sedentarização e do aparecimento da agricultura.
O autor mantém a visão construída por historiadores que exaltavam a colonização portuguesa como a salvação civilizacional dos povos indígenas. Ao longo da sua obra, Vianna expõe como o embranquecimento da população brasileira seria, portanto, a "saída ideal" para a evolução, corroborando a ideia eugenista da época.