Artes, perguntado por evelyn34170, 11 meses atrás

A História do Natal inventada

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Respondido por isabelfontes463
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Desde tempos ancestrais o meio do inverno é o momento de celebrações em todo o mundo.

Séculos antes de Jesus, os antigos europeus celebravam a luz e o nascimento do mais escuro e longo dos dias do inverno.

Muitos povos se reuniam no solstício de inverno quando o pior do inverno ficava para trás e eles podiam olhar em frente, esperando por dias mais longos com mais luz do sol.

Escandinávia

Na Escandinávia, o Yule era celebrado no dia 21 de dezembro, o solstício de inverno. Em reconhecimento ao retorno do Sol, pais e filhos traziam grandes toras de madeira, que incendiavam. As pessoas comemoravam até o fogo se apagar, o que podia levar até 12 dias.

Os nórdicos acreditavam que cada fagulha representava um novo porco ou gado que iria nascer durante o ano seguinte. O final de dezembro era a época perfeita para celebrar na maior parte da Europa.

Nesta época do ano a maior parte do gado já havia sido abatida para que ele não tivesse que ser alimentado durante o inverno. Para muitos, era a única época do ano para conseguir carne fresca.

Além disso, a maior parte do vinho e da cerveja feita ao longo do ano já estava fermentada e pronta para consumo.

Alemanha

Na Alemanha, as pessoas honravam odeus pagão Oden, durante o meio do inverno. Os alemães tinham muito medo dele por causa de seus bem conhecidos vôos noturnos no céu nos quais ele definia quais pessoas iriam prosperar e quais iriam perecer. Por causa da presença dele, a maioria das pessoas ficava dentro de casa.Oden é a pronúncia nórdica e centro-européia para Odin, o deus-chefe do Valhalla, moradia dos deuses na mitologia da Escanidnávia, que antes da chegada do culto ao deus único se espalhou pelo norte e centro da Europa.

Roma

Em Roma, onde os invernos não eram tão fortes quanto no norte da Europa, existia a Saturnália, em honra a Saturno, deus da agricultura. Começava na semana antes do solstício de inverno e continuava por um mês.

A Saturnália era um tempo de fartura, onde comida e bebida eram disponíveis e a ordem social romana era virada de ponta-cabeça. Por um mês, os escravos se tornavam mestres. Pessoas

normais comandavam as cidades. Negócios e escolas eram fechados para todos se juntarem

às festas. Era uma das épocas em que as orgias romanas eram mais ativas. Também em torno do solstício de inverno, os romanos observavam a Juvenália, honrando ascrianças de Roma. Membros das classes dominantes também celebravam o nascimento de Mithra, deus do Sol, no dia 25 de dezembro. Acreditava-se que Mithra, um deus infantil, havia nascido de uma pedra. Para muitos romanos, era o dia mais sagrado do ano.

Depois de Cristo

Nos primeiros anos do cristianismo, a Páscoa ou a ressurreição era o feriado principal. O nascimento de Jesus não era celebrado.

No século IV, oficias da Igreja decidiram instituir o nascimento de Jesus com um feriado. Mas havia um problema: a Bíblia não menciona a data de seu nascimento. Apesar de algumas evidências sugerirem que o nascimento de Jesus ocorreu na primavera, o Papa Julius I escolheu 25 de dezembro.

Alguns estudiosos acreditam que a Igreja adotou esta data num esforço de absorver as tradições pagãs do festival da Saturnália.

Primeiro foi chamado de festa da Natividade, o costume se espalhou para o Egito em 432 e chegou até a Inglaterra no final do século VI. Esse nome foi mantido ou adaptado nos países

de língua latina. Em espanhol continua-se comemorando naNavidad e em português o Natal (de natalício, nascimento)

Ao final do século VIII, já tinha se espalhado por toda a Escandinávia. Hoje, as Igrejas Ortodoxas grega e russa, celebram o Natal no dia 6 de janeiro, também referido como o Diados Três Reis, que seria o dia em que os 3 Reis Magos teriam encontrado Jesus na manjedoura.

Mantendo o Natal no mesmo período dos tradicionais festivais de solstício de inverno, os líderes da Igreja aumentaram as chances de que o Natal se popularizasse e também conseguiram ter a habilidade de ditar como ele seria celebrado.

Na Idade Média o cristianismo tinha substituído a maior parte das religiões pagãs européias.

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