A história da mulher com células imortais
Henrietta Lacks teve câncer no colo do útero pouco antes de morrer, e um médico retirou um pedaço de tecido para uma biópsia, sem pedir autorização, já que na época ainda não havia legislação específica sobre o assunto.
Desde então, as células removidas do corpo dela vêm crescendo e se multiplicando. Há bilhões delas em laboratórios do mundo todo sendo usadas por cientistas, que as batizaram de linha celular HeLa, uma referência ao nome de Henrietta.
[...]
Em 1942, Henrietta Lacks decidiu se mudar para a cidade, por isso, seu marido [...] a levou para Baltimore: em tempos de guerra, o trabalho era escasso.
A 10km de onde morava Henrietta, ficava o laboratório do Dr. George Gey, cuja ambição era livrar o mundo do câncer. Ele estava convencido de que encontraria a chave para a cura da doença nas próprias células humanas.
Por 30 anos, ele vinha tentando cultivar células cancerosas em laboratório. [...] Mas elas sempre morriam.
Até que, em 1º de fevereiro de 1951, Henrietta Lacks foi levada ao Hospital John Hopkins. “Eu nunca vi nada assim, nem nunca voltei a ver”, disse o ginecologista que a examinou, Howard Jones [...].
As células do tumor que foram retiradas do corpo de Henrietta foram mantidas na unidade hospitalar de câncer do hospital, porque Gey havia descoberto que elas podiam ser cultivadas indefinidamente no laboratório.
Era o que ele tinha procurado por tantos anos e até batizou a sequência celular de HeLa, pelas duas primeiras letras do nome e do sobrenome de Henrietta Lacks.
[...]
“Em poucas horas, a HeLa pode ser multiplicada prolificamente”, diz John Burn, professor de Genética na Universidade de Newcastle, Reino Unido.
De fato, uma leva inteira de células de Henrietta pode ser reproduzida em 24 horas. Foram as primeiras células humanas imortais cultivadas em laboratório e já vivem há mais tempo fora do que dentro do corpo de Henrietta.
“Há muitas situações em que precisamos estudar tecidos ou patógenos no laboratório”, diz Burn.
“O exemplo clássico é a vacina contra a poliomielite. Para desenvolvê-la, era necessário que o vírus crescesse em células de laboratório, e, para isso, eram necessárias células humanas”.
As células HeLa acabaram sendo perfeitas para esse experimento, e as vacinas salvaram milhões de pessoas, fazendo com que essa linha celular ficasse mundialmente conhecida.
Atividades sobre o texto:
1 ) Como são chamadas as células descritas pelo texto? Qual a razão desse nome?
2 ) De acordo com o texto, qual era o objetivo da pesquisa do médico George Gey? Como ele pretendia alcançar esse objetivo?
3 ) O que havia de especial nas células de tumor estudadas pelo médico George Gey?
4 ) Que experimento com essas células especiais permitiu salvar milhões de pessoas?
5 ) Embora o trabalho com essas células tenha sido de extrema importância para a pesquisa, ele só foi possível por causa de um procedimento polêmico. Qual foi esse procedimento?
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Eu não sei como vc pode ser qualquer coisa knew eu n consigo e
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