História, perguntado por vivisunkyu, 6 meses atrás

A GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)

O principal fator para a eclosão da Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança foram as disputas pelo controle da Bacia do Prata, formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O Paraguai, sem saída para o mar, dependia dos rios platinos para o escoamento de seus produtos. Para o Brasil, os rios representavam a única via de comunicação entre a província de Mato Grosso e a do Rio de Janeiro. Os enfrentamentos militares começaram com a intromissão do Brasil nos assuntos internos do Uruguai, cujo poder político era disputado entre os partidos Blanco e Colorado. Em outubro de 1864, o Brasil, que apoiava os colorados, invadiu o Uruguai. O Paraguai, governado por Francisco Solano López e aliado dos blancos, rompeu relações diplomáticas com o Brasil e, em novembro, aprisionou um navio brasileiro que seguia para Cuiabá. No mês seguinte, tropas paraguaias invadiram o Mato Grosso e pediram autorização do governo argentino para atravessar seu território e entrar no Rio Grande do Sul. Diante da recusa, Solano López declarou guerra à Argentina e atacou a província de Corrientes. As investidas do Paraguai motivaram o Brasil, a Argentina e os colorados uruguaios a formalizar, em maio de 1865, a Tríplice Aliança, com o compromisso de derrotar Solano López e liberar a navegação fluvial na região para os três países.

VERSÕES DA GUERRA DO PARAGUAI.

A Guerra do Paraguai é objeto de diferentes interpretações históricas. No texto a seguir, o historiador brasileiro Boris Fausto apresenta algumas dessas interpretações sobre esse conflito internacional que marcou profundamente a história do Segundo Reinado. A guerra constitui um claro exemplo de como a História, sem ser arbitrária, é um trabalho de criação que pode servir a vários fins. Na versão tradicional da historiografia brasileira, o conflito resultou da megalomania e dos planos expansionistas do ditador paraguaio Solano López. Membros das Forças Armadas – especialmente do Exército – encaram os episódios da guerra como exemplos da capacidade militar brasileira, exaltando os feitos heroicos de Tamandaré, de Osório e, em especial, de Caxias. [...] Atravessando a fronteira, encontramos no Paraguai uma historiografia oposta. O conflito é aí visto como uma agressão de vizinhos poderosos a um pequeno país independente. Essa versão serviu em anos recentes para glorificar o ditador paraguaio Alfredo Stroessner [que governou o país entre 1954 e 1989]. [...] Stroessner apresentava-se como continuador da obra do general Bernardino Caballero, [...] oficial de confiança de Solano López nos anos da guerra. Na década de 1960, surgiu entre os historiadores de esquerda, como o argentino León Pomer, uma nova versão. O conflito teria sido fomentado pelo imperialismo inglês. O Paraguai era um país de pequenos proprietários que optara pelo desenvolvimento autônomo, livrando-se da dependência externa. Brasil e Argentina definiam-se como nações dependentes, baseadas no comércio externo e no ingresso de recursos e tecnologia estrangeiros. Esses dois países teriam sido manipulados pela Inglaterra para destruir uma pequena nação cujo caminho não lhe convinha. Além disso, os ingleses estariam interessados em controlar o comércio do algodão paraguaio, matéria-prima fundamental para a indústria têxtil britânica.

Fonte: Araribá - História 9 ano

Qual a versão paraguaia para o conflito?​

Soluções para a tarefa

Respondido por Dudagatasolteira123
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Se vc acha mim fala tbm quero rspt por favor flw

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