A globalização das cadeias de suprimentos impulsionou várias empresas a buscarem suprimentos globais, deslocando a produção de insumos e produtos para países e regiões que apresentassem vantagens comparativas em fatores como custos qualidade ou entrega. Entretanto, a pandemia nos últimos dois anos revelou a vulnerabilidade das cadeias globais de suprimentos em função das oscilações de demanda dos mercados, políticas nacionalistas e dos longos tempos de trânsito. As grandes organizações nacionais e internacionais chegaram a preconizar o fim das cadeias globais de suprimentos. Isso tudo em decorrência de todos os problemas enfrentados pelas muitas empresas que optaram por uma estratégia global de suprimentos em que fornecedores, fábricas e distribuidores estão localizados em diferentes continentes e países Fato é que a crise advinda do surgimento do coronavírus mostrou que, nessa situação, as cadeias globais eram bem mais frágeis e vulneráveis que as cadeias locais.
A distância física, interesses antagônicos e diferenças de cultura de idioma aumentam a complexidade quando há urgência de entrega ou mesmo quando se faz necessário reduzir pedidos. Os processos logísticos internacionais são mais complexos: envolvem maior movimentação e manuseio das cargas, tempos mais longos de trânsito, além da necessidade de mais documentação e desembaraço. Com as restrições de operações, tanto nos pontos de desembaraço como na própria transportadora, os produtos demoram ainda mais para chegar ao seus destinos. Vale ressaltar também que à medida que os índices de contaminação aumentavam, medidas protecionistas passaram a ser adotadas por vários países, restringindo ainda mais os embarques internacionais. Desse modo, uma estratégia que ganhou ainda mais força entre os gestores empresariais foi retomar a internalização de suas cadeias, ou seja, a busca de um movimento inverso à internacionalização denominado reshoring.
Nesse contexto, na sua opinião, quais os fatores a serem considerados quando uma organização opta por buscar por uma configuração de internalização de sua cadeia de suprimentos?
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Resultado de imagem para Nesse contexto, na sua opinião, quais os fatores a serem considerados quando uma organização opta por buscar por uma configuração de internalização de sua cadeia de suprimentos?
Basicamente, uma cadeia de suprimentos consiste em uma rede que agrega todos os indivíduos, organizações, recursos, atividades e tecnologias envolvidos na criação e venda de um produto, desde a entrega de materiais de origem do fornecedor até o fabricante, incluindo sua entrega ao usuário fina.
Resposta: Em relação às características relativas ao país de destino, o modo de entrada mais aconselhável irá variar em função:
Explicação: 1. O potencial de crescimento do mercado. Se o mercado for pequeno ou as possibilidades de crescimento da participação de mercado da empresa forem baixas, é aconselhável que ela inicie seu processo de internacionalização com um método de entrada que envolva baixo risco e investimento semelhante à exportação. Por outro lado, se o país de destino tem uma alta projeção de crescimento, a empresa deve considerar, se seus recursos permitirem, instalar-se no país de destino e estabelecer atividades produtivas nesse mercado a médio ou longo prazo.
2. A estrutura competitiva do setor ao qual a empresa pertence nesse novo mercado. A presença de mercados com poucos concorrentes, como é o caso de setores com situações de certo oligopólio, favorecem as aquisições como forma de entrada ao entrar no novo mercado.
3. A qualidade das infraestruturas. Uma boa rede de infra-estruturas favorece a exportação (seja através de canais próprios ou intermediários) como um meio de entrada viável devido ao seu baixo nível de risco e investimento, pois promove uma distribuição adequada dos produtos da empresa no país de destino e a possibilidade de aumentar vendas à medida que se aperfeiçoa o sistema de distribuição e logística, com baixo custo e atendimento adequado.
4. A presença de barreiras de entrada. Se houver barreiras à entrada, é muito provável que a empresa não consiga considerar como opção a exportação, pois as tarifas tornam o produto muito caro e pouco competitivo. A empresa será então obrigada a estabelecer algum tipo de estabelecimento que fará alguma etapa da cadeia de valor do produto, com valor suficiente para qualificar o produto como originário do novo mercado, ou alternativamente, ceder a Licença aos produtores do país de destino. Esta é a situação que muitas vezes ocorre quando você estuda o mercado brasileiro, por exemplo
5. As peculiaridades sociais e culturais desse mercado. A segmentação de potenciais clientes com determinadas características no novo mercado, muitas vezes dita se pode ser aconselhável adotar métodos de entrada que permitam à empresa ter mais controle no novo mercado, como investimentos diretos ou alianças com parceiros locais.
6. O risco político. Em determinados mercados é aconselhável que as empresas procurem um parceiro local que proporcione experiência e segurança no novo mercado, para reduzir este tipo de risco nos mercados a ele sujeitos, para os quais é necessário estudar previamente a estrutura macroeconómica e regulatória do país.