A gente vem lá do sertão, de Pernambuco, cidade chamada Arco Verde. Poeta Zé da Luz, o poeta Zé da Luz, no início do século, escreveu uma poesia, porque disseram para ele que, para falar de amor, era necessário um português correto e tal. Aí Zé da Luz escreveu uma poesia chamada “Ai se sêsse” que diz assim:
“Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém se acontecesse de São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caísse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse”
(CORDEL DE FOGO ENCANTADO. Áudio transcrito. Ai se sêsse.
Disponível em:https://www.letras.mus.br/cordel-do-fogo-encantado/78514/. Acesso em 15/01/2018)
Ao analisarmos o texto em que o integrante da banda Cordel de Fogo Encantado contextualiza o poema de Zé da Luz, podemos entender que o poeta criou uma provocação com “Ai se sêsse”. Isso se justifica porque, ao afirmarem que para falar de amor é preciso de um português correto, Zé da Luz escreve seu texto
A
ironicamente próximo à fala, mantendo-se longe da norma padrão.
B
sarcasticamente próximo à escrita, a fim de diminuir o português incorreto.
C
ironicamente próximo à fala, a fim de mostrar o verdadeiro português.
D
sarcasticamente próximo à escrita, mantendo-se longe da informalidade
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Resposta:
Letra A é a resposta correta
Explicação:
Ele deve ter sotaque mineiro, então ele escreve do mesmo jeito que fala, mantendo-se longe da norma padrão
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