A gente era moça do passado.
Namorava de longe, vigiada.
Aconselhada. Doutrinada dos mais velhos,
Em autoridade, experiência, alto saber.
“Moça para casar não precisa namorar,
O que for seu virá”.
Ai, meu Deus! E como custava chegar...
Virá! Virá!... Virá virá... quando?
E o tempo passando e o moinho dos anos moendo,
E a roda-da-vida rodando... Virá-virá!
A gente ali, na estaca, amarrada, consumida
de Maria Borralheira, sem madrinha-fada,
sem sapatinho perdido,
sem arauto de príncipe-rei, a procurar
pelos reinos da cidade de Goiás
o pezinho faceiro do sapatinho de cristal,
caído na correria da volta.
A poetisa revela-nos como as moças, no passado, aguardavam o momento do encontro com um namorado, um pretendente a casamento. Para isso, ela lança mão de um recurso intertextual que remete a um(a):
A
notícia, explorando seus recursos factuais.
B
charge, explorando seus recursos humorísticos.
C
conto de fadas, explorando seu enredo amoroso.
D
canção popular, explorando seu aspecto melódico.
Soluções para a tarefa
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LETRA (C)
Conto de fadas, explorando seu enredo amoroso.
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Resposta:
Letra C, conto de fadas, explorando seu enredo amoroso
Explicação:
As referências à “Maria borralheira”, "madrinha-fada", "princípe-rei"" e ao “sapatinho de cristal” levam o leitor a estabelecer uma relação entre o enredo amoroso do texto e um conto de fadas: a história de Cinderela.
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