Português, perguntado por bsoaresavillesp7aa04, 8 meses atrás

A fuga do real,

ainda mais longe a fuga do feérico,

mais longe de tudo, a fuga de si mesmo,

a fuga da fuga, o exílio

sem água e palavra, a perda

voluntária de amor e memória,

o eco

já não correspondendo ao apelo, e este fundindo-se,

a mão tornando-se enorme e desaparecendo

desfigurada, todos os gestos afinal impossíveis,

senão inúteis, a desnecessidade do canto, a limpeza

da cor, nem braço a mover-se nem unha crescendo.

Não a morte, contudo.



Mas a vida: captada em sua forma irredutível,

já sem ornato ou comentário melódico,

vida a que aspiramos como paz no cansaço

(não a morte)

vida mínima, essencial; um início; um sono;

menos que terra, sem calor; sem ciência nem ironia;

o que se possa desejar de menos cruel: vida

em que o ar, não respirando, mais envolva;

nenhum gasto de tecidos; ausência deles;

confusão entre manhã e tarde, já sem dor,

porque o tempo não mais se divide em sessões; o tempo

elidido, domado.

Não o morto nem o eterno ou o divino,

apenas o vivo, o pequenino, calado, indiferente

e solitário vivo.

Isso eu procuro.

1- De acordo com o ideal de vida do sujeito poético, a existência humana:
( ) Deve ser simples e desapegada de valores materiais.
( ) Constitui-se um breve espaço de vida humana marcada pela vulgaridade.
( ) Tem seu verdadeiro sentido quando associada à realidade sobrenatural e divina.
( ) Deve estar isenta da preocupação com a passagem do tempo, eliminando, assim, as angústias do homem.
( ) Deve ser desvinculada de envolvimentos com a realidade social.

Soluções para a tarefa

Respondido por jpedroamaralferreira
1

Resposta:

caramba nao sei véi nao manjo muito desses texto

Perguntas interessantes