A flor e a náusea de Carlos Drummond, quais são os verbos do texto?
Soluções para a tarefa
Resposta: O poema "A Flor e a Náusea" foi escrito por Carlos Drummond de Andrade e publicado em 1945. Acho que você se esqueceu de colocá-las junto com a questão, mas os versos das três primeiras estrofes seguem abaixo:
Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Agora, vamos resolver cada alternativa da questão por vez:
a) O ambiente e o tempo mostram-se entediantes e, paradoxalmente, revoltantes ao eu lírico, que, melancólico, deles se enoja e vê tudo como tomado por injustiça, embora não consiga exprimir tais pensamentos a um mundo surdo. Palavras e expressões que manifestam isso são: "Melancolias, mercadorias, espreitam-me", "o tempo não chegou de completa justiça" e "Em vão me tento explicar, os muros são surdos".
b) O eu lírico deseja se revoltar e fazer-se ouvir, construindo um mundo de justiça, mas se vê em meio a um mundo de surdez. Versos do texto que manifestam isso são: "Posso, sem armas, revoltar-me?", "Não, o tempo não chegou de completa justiça" e "Em vão me tento explicar, os muros são surdos".