A filósofa americana Angela Davis, no livro “Mulheres, raça e classe”, ao discutir a ideia de “feminilidade” criada no bojo do processo de industrialização das principais economias mundiais ao longo do século XIX, aponta para o viés classista, mas também para o caráter racista de tal construção. Dentre as alternativas abaixo, marque a alternativa incorreta, que não corresponde à elaboração de Davis:
Soluções para a tarefa
Angela Davis demonstra uma relação entre questões de raça e classe em associação com a ideia de feminilidade, de modo a criar opressões sistematicamente maiores para as mulheres negras, quando, por exemplo, o movimento das sufragistas, pioneiras feministas estadunidenses, que defendia o direito das mulheres ao voto, mas esta reivindicação se limitava ao voto das mulheres brancas.
Deste modo Davis demonstra, categoricamente, que as questões de gênero, raça e classe se relacionam de maneira até mesmo independente, podendo haver a defesa de uma conquista de gênero que exclui uma parte dos membros daquele gênero por questões de raça.
É correta a alternativa D.
Resposta:
Tanto as mulheres brancas e negras, independentes da classe social, estavam sujeitas aos esquemas simbólicos de diferenciação em relação aos homens, muito embora ao homem branco coubesse papeis distintos daqueles atribuídos aos homens negros.
Explicação:
O argumento de Ângela Davis vai no sentido de mostrar que, ao contrário do que é afirmado e ainda que houvesse esquemas diferenciados entre homens e mulheres, as opressões e explorações sempre foram mais marcante para as mulheres trabalhadoras, sendo acrescido com mais ênfase nos casos das mulheres negras, em função da herança escravagista advindas das principais economias do continente norte americano.