A fenomenologia peirceana conduz às suas tricotomias, que são formas de classificar o signo quanto a si mesmo, quanto à sua relação com o objeto e quanto à sua relação com o interpretante. A segunda tricotomia é a que classifica os signos em função da maneira com a qual eles se relacionam com o objeto.
Sobre a segunda tricotomia peirceana, analise as afirmativas a seguir.
I - Índice é uma classificação da segunda tricotomia e diz respeito a uma relação de afetação entre signo e objeto.
II - Ícone é uma classificação da segunda tricotomia e trata do signo que representa o objeto por semelhança.
III - Quali-signo é uma classificação da segunda tricotomia e se refere às qualidades percebidas no objeto, como cor, forma e textura.
IV - Rema é uma classificação da segunda tricotomia e se refere às suas possibilidades qualitativas.
Está correto o que se afirma em:
I e II, apenas.
I e III, apenas.
II e III, apenas.
II e IV, apenas.
III e IV, apenas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
I e II, apenas.
Explicação:
O ícone é um signo que se associa ao seu objeto por semelhança, isto é, ele “só pode sugerir ou evocar algo porque a qualidade que ele exibe se assemelha a uma outra qualidade” São níveis icônicos, a imagem, o diagrama e a metáfora.
O índice é um signo que pressupõe algum tipo de conexão física com o objeto, geralmente, do tipo causal. O índice também pressupõe existência. Se há fumaça, há fogo; se o chão está molhado, choveu; se há uma fotografia de alguém, essa pessoa foi fotografada etc.
Quali-signo pertence a primeira tricotomia.
E rema a terceira tricotomia.
Peirce descreve a busca por assentamento, ou formação de crença, como um processo humano natural dada a irritação que o estado de dúvida nos gera (A - I, II, apenas).
A fenomenologia peirceana
Em sua exposição de diferentes métodos de busca de assentamento de crença, ele defende a ideia de que o método científico é o método preferível, de um ponto de vista epistemológico, uma vez que seus parâmetros de verdade são definidos por aquilo mais “externo” ou impessoal possível.
Já que, a partir desse método, as crenças são formadas por algo ao menos parcialmente alheio a seres particulares, ele seria um método mais seguro para a busca da verdade, estando mais protegido das inúmeras diferenças individuais de cada ser.
Já que precisamos formar crenças sobre o mundo, é plausível defender que tenhamos métodos para fazer isso, enquanto comunidade epistemológica, da maneira mais neutra possível, utilizando aquilo que é similarmente acessível a todos, ou seja, aquilo que é objetivo e passível de ser expresso descritivamente.
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