A febre amarela em Campinas no século XIX No final do século XIX, Campinas vivenciou uma tragédia sem precedentes em sua história, embora estivesse experimentando grande progresso econômico graças à cultura do café. Para surpresa daqueles que acreditavam ser a febre amarela um problema exclusivo da população litorânea, a doença atingiu os campineiros de forma calamitosa. Destruiu vidas, famílias e a economia local. A cidade foi palco de um espetacular confronto entre diferentes saberes médicos, de enfrentamentos políticos e de ações conjuntas que resultaram na vitória da doença. No quente verão de 1889, em um momento economicamente conturbado após a abolição da escravatura, uma violenta epidemia se alastrou pela cidade. O drama da jovem suíça Rosa Beck, a primeira vítima, é bem conhecido: tendo passado pelo Rio de Janeiro e Santos, chegou à Campinas em fevereiro pelos trilhos da estrada de ferro. A sua morte foi logo seguida pela de amigos e vizinhos de onde se hospedara e o surto tomou proporções gigantescas para a época. Se em 1871 estimou-se uma população de 10 mil habitantes em sua área urbana e 23 mil na rural, em 1889 contabilizou-se de 3 mil a 5 mil moradores em Campinas. Quem pôde, fugiu – residências, lojas, repartições públicas e hotéis permaneceram fechados durante o surto; a maioria dos consultórios mantiveram as portas cerradas (dos 20 médicos que clinicavam, apenas 3 continuaram na cidade e dentre eles, um morreu devido à febre); e firmas comerciais foram transferidas para cidades ou vilas adjacentes. Para evitar a contaminação dos passageiros, os trens das Companhias Paulista e Mogiana permaneciam o mínimo de tempo possível em Campinas, embora transportassem água fresca da vila próxima de Valinhos, pois uma das hipóteses era a de que o alastramento da epidemia acontecia através dos mananciais campineiros. As vítimas eram enterradas à noite, após a borrifação dos caixões com ácido fênico dissolvido em água. Não há números precisos que assinalem a letalidade do surto: em seu auge, muitos óbitos sequer foram registrados em cartório. Presume-se que das 3 mil pessoas que teriam permanecido na cidade, 2 mil teriam sido atingidas pela febre e, destas, 1.200 teriam morrido. Os principais atingidos foram os imigrantes italianos e portugueses. No frio mês de julho do mesmo ano, estava extinta a epidemia, e Campinas, lentamente, iniciava o processo de recuperação e implantação de novas políticas de higiene, saneamento e saúde pública. Apesar de estarem em andamento, tais ações não foram capazes de conter epidemias subsequentes, nos anos de 1890,1892, 1896 e 1897, embora nunca os números da tragédia de 1889 tivessem sido repetidos. Febre Amarela Descrição - Doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Apresenta-se como infecções subclínicas e/ ou leves, até formas graves, fatais. O quadro típico tem evolução bifásica (período de infecção e de intoxicação), com início abrupto, febre alta e pulso lento em relação à temperatura, calafrios, cefaleia intensa, mialgias, prostração, náuseas e vômitos, durando cerca de 3 dias, após os quais se observa remissão da febre e melhora dos sintomas, o que pode durar algumas horas ou, no máximo, 2 dias. O caso pode evoluir para cura ou para a forma grave (período de intoxicação), caracterizada pelo aumento da febre, diarreia e reaparecimento de vômitos com aspecto de borra de café, instalação de insuficiência hepática e renal. Vetores/reservatórios e hospedeiros: o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório e o homem, o único hospedeiro de importância epidemiológica. Após realizar a leitura atenta dos documentos, produza um texto sobre a “Epidemia de Febre Amarela de Campinas”, considerando as seguintes questões: 1) Como era a cidade de Campinas quando foi atingida pela epidemia de febre amarela? Como Francisco Araújo Góes descreveu a cidade que encontrou? 2) Quais foram as medidas propostas por Francisco Araújo Góes para combater a epidemia? 3) Analisando o modo de transmissão da febre amarela no documento 03, quais medidas propostas poderiam ser eficientes e quais não teriam nenhum efeito? 4) Como a população de Campinas reagiu à epidemia na cidade? Quais medidas foram tomadas pelos seus habitantes para se proteger da propagação da doença? 5) O deslocamento e a aglomeração de pessoas favorecia a transmissão da febre amarela na cidade? Explique. 6) Escreva uma conclusão destacando o que chamou mais a sua atenção e como o estudo desta epidemia pode nos ajudar a entender o momento em que estamos vivendo hoje
Rochatau85743256:
Desculpa as outras eu nao sei por um acaso nao tem mais um texto?
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Resposta:
1- Campinas tinha bastante dinheiro naquela epoca pq tinha a expoltacao do cafe.
2- contratou 20 medicos
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