A exploração do Oceano Atlântico sempre foi algo que intrigou os europeus, e,
desde o período medieval, alguns avanços permitiram que ela fosse possível. Um dos
primeiros povos europeus a lançarem-se numa exploração oceânica foram os nórdicos,
que, no final do século VIII, alcançaram a Inglaterra, e, a partir daí, chegaram à Islândia,
no século IX, e à América do Norte, no final do século X.
O acúmulo de conhecimento náutico e o desenvolvimento de novas tecnologias
possibilitaram que as Grandes Navegações se iniciassem no século XV, e os portugueses
são considerados os pioneiros nesse processo. Isso aconteceu porque Portugal reunia uma
série de condições que permitiram que o país se lançasse na navegação e exploração do
Oceano Atlântico.
Portugal reunia condições políticas, econômicas, geográficas, e até mesmo a
sociedade portuguesa abraçou a exploração marítima. No longo prazo, sabemos que isso
fez com que Portugal chegasse a locais até então desconhecidos para os europeus em
geral. Novos caminhos foram descobertos e novos comércios foram abertos para eles.
Contudo, por que Portugal foi o país pioneiro nas Grandes Navegações? Os fatores
são variados e podemos começar pela estabilização política. Desde o final do século XIV,
quando aconteceu a Revolução de Avis, Portugal gozava de uma monarquia consolidada
e um poder político estável nas mãos da dinastia de Avis. Outras regiões da Europa, como
a Espanha, passavam por grandes conflitos de poder.
Além disso, Portugal gozava de unificação territorial, uma vez que a última
parcela do território português foi anexada ao reino na metade do século XIII, quando a
região de Algarve foi reconquistada e os mouros foram expulsos dela. Novamente em
comparação com a Espanha, o reino de Castela travou conflitos contra os mouros durante
o século XV, e o reino de Aragão travou conflitos com a França por territórios no mesmo
século.
Na questão econômica, Portugal era um importante centro de comércio, e sua
principal cidade, Lisboa, desde o século XIII, já mantinha contatos comerciais de longa
distância, segundo o historiador Boris Fausto Lisboa mantinha contato com mercados
árabes, e o comércio local tinha prosperado bastante por meio de financiamentos
realizados pelos genoveses.
O mercado árabe, por sua vez, possuía dois importantes itens para os portugueses:
ouro e especiarias. O consumo das especiarias foi introduzido na Europa depois das
Cruzadas, e elas eram muito utilizadas na conservação de alimentos e na produção de
perfumes e medicamentos. Eram mercadorias valiosas e rendiam um lucro muito alto. O
fechamento da rota que passava por Constantinopla, em 1453, tornou mais complicado o
acesso a essa mercadoria.
Outro fator que não podemos esquecer é a localização geográfica de Portugal.
Esse país tem todo o seu litoral voltado para o Oceano Atlântico. Além disso, Portugal
fica muito próximo das correntes marítimas do Atlântico, o que facilitava e incentivava a
navegação desse oceano.
Por fim, como coloca Boris Fausto, toda a sociedade portuguesa incentivava a
navegação atlântica, o que fez dela um grande projeto nacional. O historiador resume que
a navegação atlântica agradava aos comerciantes porque lhes trazia perspectivas de bons
negócios; para a Coroa, representava a chance de reforçar os cofres; para nobreza e Igreja,
trazia possibilidade de cristianizar pagãos e conquistar influência e riqueza; e para o povo
em geral, trazia chance de uma vida melhor
me ajudem por favor!!!!!!
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Resposta:
O primeiro motivo que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.
Explicação:
flaviaoly:
vc que o que resp
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