A EXPERIÊNCIA DO HORROR
O escritor Ricardo Piglia anotou, em seus diarios de 1960, Tiam que a guerra terminasse med ssena
conversas com o avó que havia lutado nas tropas italia como lazer para colocar um finne Oden
nas durante a Primeira Guerra e. anos depois, vivendo na
e
que todos começamos a compreenderen
Argentina, mantinha lembranças e conservava documen- usávamos eram tão morteras que neces
tos relacionados ao conflito.
preparado para suporta 3. Eas. Orsson
"Passei uns dias em Adrogué com o avó Emilio
deter a matança. Cavavamos triche ascue sene
Pegamos um carro e fomos ao Parque Pereyra Iraola para
depois cavávamos uma segunda file a de trincherase
tomar um pouco de ar. O avo está sempre de bom humor e
terceira fileira Mas era in porque de tempos em
faz brincadeiras sobre si mesmo e sobre o resto do gênero
tínhamos que sair em campo aberto Ferma pausa para
humano. A experiência da guerra, tão distante, persiste nele
morrer. disse
como um sonho sonhado na noite anterior. Igualmente con-
PIGLIA R Losarios emme
fuso, igualmente sem sentido, ele tenta, de alguma forma,
Barcelona-agama 2015
construir uma versão coerente. O vivido divide-se para ele,
em duas etapas: o ano que passou na frente, onde foi feri- Ricardo Piglia (1940-), escritor, esaista e diretor de
do e onde viu de perto o horror, e o tempo em que esteve
cinema, é um dos mais renomados intelectus agentes da
lotado no escritório dos correios do Segundo Exército. Foi atualidade, com uma obra extremamente diversificada
aſ que teve consciência do que acontecia. Era encarrega-
do das cartas que deviam ser enviadas aos familiares dos
soldados mortos, e também da organização dos papeis e
dos objetos pessoais que eram encontrados na mochila das
vítimas, mortas em combate. Minha opinião é que foi esta
segunda experiência que lhe deu uma visão total sobre a
guerra e seu inusitado e cruel desenvolvimento."
"Lo que ele chama de 'o arquivo' é uma coleção desor-
denada de pastas e caixas com materiais diversos, relacio-
nados à campanha italiana na Primeira Guerra. Quando the
pergunto como os conseguiu, me responde: 'Todos estavam
preocupados demais com o trabalho de sobreviver nas trin
cheiras para que se preocupassem com os documentos e os
papeis que eu subtraía para que não se perdessem."
"Longa conversa com o avô sobre o tema mais recorren-
te nas cartas dos soldados mortos. 'Todos anunciavam o fim
próximo da guerra, me disse, e começou uma espécie de lita-
nia, estaremos juntos no Natal, esperem-me para a próxima
Alegorio da guerra, Giuseppe Scalarini. Cartaz
antimilitarista italiano, 1914.
colheita, a guerra não ultrapassará o fim do verão. Todos que
Faca
em seu
caderno
conforme tabelas das páginas 8 e 9.
1 Releia os fragmentos de cartas e diários de partici-
pantes da Primeira Guerra, citados no capítulo, e os
relacione ao texto acima.
2 Por que o narrador acredita que o avô só teve cons-
ciência do que acontecio" quando passou a atuar no
escritório dos correios?
3 Explique a afirmação: "A experiência da guerra, too dis-
tante, persiste nele como um sonho sonhado na noite
ontesio Igualmente confuse, igualmente sem sentido, ele
tento, de olgu to forme, construir uma versão coerente.
4 Como o avô do narrador anaisa a relação dos solda-
dos com as armas que eles manejavam? AJUDA PPR FAVOR
oliveiraemily823:
tô assim de saúde
Soluções para a tarefa
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Resposta:
an?? lol lmao aksksksksls
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