A evolução do preço do arroz
De acordo com a reportagem disponibilizada no site Coneflu (Conjuntura Econômica Fluminense), para entender a evolução dos preços dos alimentos, especialmente o arroz, exige considerar aspectos da crise sanitária do coronavírus e a sua associação à aspectos de cunho econômico, fundamentalmente, leis do mercado.
A pandemia instalada no mundo, criou gargalos sérios à produção e à movimentação de mercadorias. No Brasil, o necessário distanciamento social, como medida de combate ao coronavírus, restringiu a oferta agregada por conta da restrição a disponibilidade de insumos, equipamentos, logística, etc., gerando a necessidade de medidas de proteção governamental.
Nesse caso, foi implementado o programa de Auxílio Emergencial para assegurar uma renda mínima aos brasileiros em situação mais vulnerável, durante a pandemia. Inicialmente o benefício concedido foi de R$600,00 por três meses, com aprovação de sua prorrogação no valor de R$300,00 até o fim do ano. O auxilio injetado na economia até julho de 2020, representou R$124,6 bilhões para o atendimento a 65,6 milhões de brasileiros. Somente a nível de comparação, o programa Bolsa Família injetou R$15,6 bilhões no mesmo período. Isso quer dizer que o novo programa dirigido para amenizar a pandemia representou um valor 8 vezes maior que o programa social existente. Esse fato mostra uma situação de ampliação monetária na economia, em função da injeção de dinheiro, e um ambiente produtivo com sérios problemas na geração de oferta.
O presente desequilíbrio entre a baixa oferta de bens e a manutenção das condições de demanda impactou fortemente nos preços. Outros aspectos como muitas famílias isoladas em casa, assim como, o aumento das compras, especialmente, de alimentos por receio da uma possível redução dos estoques nos supermercados, alimentaram a condição altista de preços.
No que diz respeito ao arroz, o produto apresenta uma demanda de característica inelástica, ou seja, tem baixa sensibilidade à variação de preços. Quer dizer que mesmo com o preço elevado, a demanda não reduz fortemente, por sua natureza que dificulta a substituição por outro produto. Trata-se de uma questão cultural, a dobradinha feijão com arroz faz parte do dia a dia do brasileiro. Esse fato inibe a pressão de queda abrupta do preço.
Quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda, ainda estamos um pouco distantes, já que permanece o processo de pandemia. Isso dificulta a normalização da produção, enquanto as condições de demanda, mesmo que parcialmente, estão presentes no mercado interno e, para piorar, o mercado externo apresenta apetite aumentado para as commodities brasileiras. Nesse caso convivemos no momento com uma forte pressão de demanda externa, uma demanda interna viva e uma oferta ainda com restrições. Nesse cenário os preços têm dificuldade para chegar nas condições anteriores a pandemia. Questão:
Com relação à reportagem acima sobre o preço dos alimentos e do arroz, explique porque o Auxílio Emergencial disponibilizado pelo Governo Federal para assegurar a renda mínima dos brasileiros interferiu no aumento do preço dos alimentos.
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
vou pesquisar. e já irei responder
acrossatto26:
E nunca mais respondeu
Perguntas interessantes
Administração,
4 meses atrás
Matemática,
4 meses atrás
Matemática,
4 meses atrás
Biologia,
4 meses atrás
Português,
4 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
Filosofia,
9 meses atrás