A EUTANÁSIA: DIREITO, ÉTICA E RELIGIÃO. - Usando argumentos éticos, morais e religiosos escreva um texto aprovando ou não a Eutanásia usada "livremente" na Holanda.
Soluções para a tarefa
Explicação:
"Naquele dia, ninguém morreu.
assim inicia-se a obra de José Saramago, Intermitências da Morte. O livro conta a história de um país aonde as pessoas deixam de morrer, mesmo aquelas já bastante debilitadas. Poderia parecer ideal, mas o autor, dentre outras críticas, mostra o lado cruel de se viver "eternamente" sobretudo aos portadores de doenças graves. Isso suscita uma reflexão sobre tema bastante delicado e polêmico : a eutanásia. Proibida em diversos países , inclusive no Brasil, devido principalmente a questões religiosas e ético - profissionais a prática tem cada vez mais ganhado espaço e indivíduos a favor.
Apesar da maioria dos países no mundo viverem em regimes democráticos e Estados Laicos a influência da Igreja , sobre tudo em temas que abordam vida ou morte é ainda muito grande. Nesse contexto a eutanásia é vista pela Igreja e pelo Estado como crime contra Deus e contra o próprio Estado estando tipificado nos códigos penais como homicídio. Assim, as crenças particulares de determinados grupos se sobrepõe ao desejos das pessoas que não encontram objecções no ato. Tal qual na vida real, na obra de Saramago alguns pacientes terminais solicitavam a suas famílias que os levassem a fronteira do país para que pudessem morrer, e os familiares que concordavam sofriam duras críticas da sociedade e das entidades religiosas.
Além da questão hierática, existe uma questão ética bastante delicada.O procedimento só pode ser realizado por médicos capacitados para tal, mas muitos profissionais também se opõe a decisão. Esses profissionais alegam que a solução viável seria o suicídio assistidos no qual o próprio paciente ,por sua decisão, ingere fármacos que o levam a óbito. Esse procedimento não necessariamente envolve a participação médica e portanto tiraria a obrigação do profissional em realizar uma eutanásia caso esta fosse legalizada, não colocando, assim, a decisão de vida ou morte do paciente como um ato vinculado à profissão.
Sendo assim , é necessário que o Estado retome o debate acerca do tema. O Governo Federal poderia abrir uma consulta pública online para a população afim de saber qual sua opinião a cerca do tema, para posteriormente realizar um legislação própria sobre o assunto evitando que, assim como no romance de Saramago, pessoas a favor da pratica começassem a realizá-la ilegalmente.