A escola deve punir a ignorância com as provas, os exames, as avaliações, as correções, as repetições, as cópias dos modelos... alunos e professores devem permanecer em silêncio, cumprir as ordens, sentarem-se assim ou de outra forma, conforme a determinação “da mais moderna pedagogia”. Devem escrever mais neste material do que em outro, também conforme as mais atuais determinações de algumas autoridades que ninguém sabe muito bem quem são... Sentar-se perto dos amigos, nem pensar.... Vai sair conversa vão formar grupinhos, e conversa e grupinhos não são coisas boas para a escola, para os presídios, para os hospícios. O corpo deve ser dócil e obediente... silente.
Na escola disciplinadora a disposição das carteiras, o silêncio, as matérias homogeneizantes, a avaliação, indica quem detém o poder. Essa homogeneidade circular é imposta como modelo para escola pela política da educação. Assinale a alternativa que indique qual é a consequência desse tipo de educação em relação a diversidade na escola.
Alternativas:
a)
Uma escola disciplinadora ensina os alunos a se comportarem de maneira correta.
b)
A diversidade deve ser aceita mas as normas disciplinadoras deve ser aplicadas.
c)
Uma escola elaborada nesse contexto leva a exclusão das diferenças.
d)
Uma escola deve se importar com a diversidade mas não toma-la como norma.
e)
Disciplinar é uma obrigação da escola por isso os corpos devem ser dóceis.
2)
Os temas relativos à diversidade nas pesquisas educacionais estão principalmente relacionas às diferenças étnicas, de gênero, físicas e mentais e as diferenças entre as gerações.
Os temas relacionados às diferenças étnicas são aqueles que se referem as questões indígenas e afro-brasileiras. Quando pensamos nos grupos indígenas, a exclusão vem à tona devido as diferenças culturais além das questões sobre os direitos humanos, segundo a Declaração dos Direitos Humanos “todos têm direito à educação”. O aprendizado da “língua” dos brancos pode ser visto como o domínio sobre estas populações e, também, conhecer o lugar que ocupam em relação aos outros. Por outro lado, há a necessidade do aprendizado do português até mesmo para não se deixarem ser manipulados pelos brancos. Essa é uma questão que envolve a escola num processo de “negociação cultural”.
Sabendo da necessidade de uma “negociação cultural” na escolarização indígena, assinale a alternativa que corresponde à como se processa essa questão na escola.
Alternativas:
a)
A problemática a ser enfrentada é de como articular o universal colonialista com o particular dado pela diversidade étnica.
b)
A problemática que a escola enfrenta é a dificuldade de ensino das “línguas” indígenas.
c)
Não deveriam levar em conta o ensino de “línguas” indígenas porque no Brasil se fala português.
d)
Indígenas tem sua cultura por isso eles deveriam aprender somente as línguas que falam.
e)
A escola tem dificuldades de aliar as ”línguas” indígenas com o português, pois são muito diferentes.
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1) A consequência desse modelo de educação é a exclusão das diferenças, sendo a resposta correta a letra C. Isso se dá devido à homogeneização mencionada no texto, que consiste no processo de tratar estudantes como uma massa amorfa, como se fossem todos produtos idênticos de alguma fábrica.
Ao fazer isso, a escola limita o desenvolvimento de competências e habilidades e desestimula estudantes que não se adequam facilmente ao modelo imposto, em vez de permitir que cada pessoa explore seu potencial e se desenvolva como um indivíduo autônomo e crítico, como exigem os documentos que regulam e estabelecem as diretrizes da educação no país.
2) A questão relacionada à negociação cultural diz respeito à articulação entre o universal colonialista (a igualdade prevista pelos Direitos Humanos e conceitualizada segundo referencias europeus e ocidentais) e o particular dado pela diversidade étnica (não só diversidade com relação ao homem ocidental, mas também uma diversidade interna, já que existem centenas de povos indígenas diferentes no Brasil).
A diversidade certamente cria dificuldades para o aprendizado das várias línguas indígenas em colégios, e o português pode ser um instrumento tanto de colonização como de fortalecimento desses povos, então é preciso ter cuidado com a forma que esse ensino é colocado para os povos indígenas, levando-se em consideração suas particularidades e diversidades e abandonando qualquer pretensão de salvação ou de "civilizar" esses povos através do ensino de nosso idioma.
Ao fazer isso, a escola limita o desenvolvimento de competências e habilidades e desestimula estudantes que não se adequam facilmente ao modelo imposto, em vez de permitir que cada pessoa explore seu potencial e se desenvolva como um indivíduo autônomo e crítico, como exigem os documentos que regulam e estabelecem as diretrizes da educação no país.
2) A questão relacionada à negociação cultural diz respeito à articulação entre o universal colonialista (a igualdade prevista pelos Direitos Humanos e conceitualizada segundo referencias europeus e ocidentais) e o particular dado pela diversidade étnica (não só diversidade com relação ao homem ocidental, mas também uma diversidade interna, já que existem centenas de povos indígenas diferentes no Brasil).
A diversidade certamente cria dificuldades para o aprendizado das várias línguas indígenas em colégios, e o português pode ser um instrumento tanto de colonização como de fortalecimento desses povos, então é preciso ter cuidado com a forma que esse ensino é colocado para os povos indígenas, levando-se em consideração suas particularidades e diversidades e abandonando qualquer pretensão de salvação ou de "civilizar" esses povos através do ensino de nosso idioma.
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