A esclerose múltipla é doença desmielinizante e inflamatória, de causa autoimune que compromete o sistema nervoso central e cuja susceptibilidade é determinada por fatores genéticos e ambientais. Nessa doença o indivíduo produz anticorpos contra a bainha de mielina, responsável por envolver os axônios dos neurônios, produzindo uma resposta inflamatória intensa com diversos sinais e sintomas neurológicos e motores. No Brasil, os estudos realizados na cidade de São Paulo, mostram taxa de prevalência de aproximadamente 5 casos para cada 100.000 habitantes.
OLIVEIRA, Enedina Maria Lobato de et al. Esclerose múltipla: estudo clínico de 50 pacientes acompanhados no Ambulatório de Neurologia UNIFESP-EPM. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1999.
Uma paciente do sexo feminino, branca, apresentando 29 anos, que apresentava alterações motoras e visuais foi diagnosticada com a doença após a realização de diversos exames clínico-laboratoriais, confirmando o quadro desmielinizante. O neurologista responsável pelo caso inicia o tratamento utilizando o anticorpo monoclonal recomendado para esclerose múltipla, chamado de anticorpo anti-interferon beta (anti-IFN-β).
Você acaba de ser contratado por uma empresa de biotecnologia para trabalhar no processo de produção de anticorpos monoclonais, e a chefia gostaria de saber se você possui o conhecimento necessário para explicar como esse processo funciona.
A partir do relato de caso, descreva o processo de produção do anti-IFN-β para que a paciente possa utilizá-lo como tratamento para esclerose múltipla:
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