Question

A Escadaria em tetraedro (Charles Kiefer)
Sonho que desço correndo(1), passos trôpegos, uma escadaria em tetraedro. Há limo nas paredes(2)
e teias de aranha enroscam-se no meu rosto. Mesmo sabendo que ao final dos degraus me espera uma
cidade espúria, becos imundos, escuridão e cheiros nojentos, prossigo(3). Também é do meu
conhecimento que lá embaixo, escondido numa esquina qualquer, encoberto pelas sombras cúmplices,
está o meu assassino. É a morte(4) o que eu busco? O brilho fugaz do punhal que atravessará meu
pulmão?Por que é sonho não sinto medo? É necessário descer, sempre descer, por compulsão, mesmo
sabendo que não devia estar aqui, não neste lugar. Um rapaz distinto, de finas mãos e cultura
requintada? Não, nunca percorrer degraus tão sórdidos, fétidos, imundos!
Enquanto desço, recordo(5)-me de uma experiência escolar(6): púnhamos uma planta dentro de uma
caixa de papelão(7), e no alto da caixa uma pequena abertura. Depois de alguns dias, a planta
espichava-se e alcançava a luz.
É a luz o que busco, mesmo sabendo que lá embaixo há o seu contrário?
Desço. E depois de percorrer a cidade subterrânea, de inebriar-me com os seus odores pestilentos,
encontro o homem que atravessa o meu caminho e mete-me a afiadíssima lâmina entre a quinta e a sexta
costelas. Apesar da escuridão, posso contemplar a sua face e é com singular espanto que vejo que o seu
rosto é o meu rosto, mesmo o bigode, mesmo o talho dos lábios, mesmo o sorriso ingênuo. Sinto a dor,
mas tanto ela quanto o punhal são insuficientes(8) para dar fim a minha jornada. Continuo correndo,
fugindo de mim mesmo, descendo em busca de meu assassino, daquele meu braço capaz de dar-me a
cutilada final, numa esquina qualquer da escadaria em tetraedro.
Acordo sobressaltado. E eis que me descubro sonâmbulo, pois ao invés de estar na cama, estou(9)
descendo uma escadaria. Há limo nas paredes e
* Analisando o texto acima cuidadosamente, escreva V para VERDADEIRO ou F para FALSO,
CORRIGINDO quando for falso:
1) Na oração sublinhada de número 1 temos uma oração sem sujeito. ( )
CORREÇÃO:
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2) Na oração sublinhada de número 2 temos um sujeito simples. ( )
CORREÇÃO:
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3) O verbo sublinhado de número 3 é intransitivo. ( )
CORREÇÃO:
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4) O termo sublinhado de número 4 é um predicativo. ( )
CORREÇÃO:
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5) O verbo de número 5 é do tipo transitivo direto. ( )
CORREÇÃO:
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6) A expressão de número 6 trata-se de um objeto indireto. ( )
CORREÇÃO:
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7) O trecho sublinhado de número 7 contém um objeto direto e um indireto. ( )
CORREÇÃO:
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8) O termo sublinhado de número 8 trata-se de um objeto indireto. ( )
CORREÇÃO:
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9) O verbo sublinhado no número 9 é um verbo bitransitivo. ( )
CORREÇÃO:
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10) Este texto é do tipo narrativo e do gênero conto de suspense ou de estranhamento. ( )
CORREÇÃO:
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11) Temos no texto um narrador onisciente e foco narrativo de 1a. pessoa. ( )
CORREÇÃO:
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12) Podemos dizer que há apenas um personagem em cena, dividido em consciente e subconsciente. (
)
CORREÇÃO:
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13) O desenlace da narrativa acontece com a morte do personagem principal. ( )
CORREÇÃO:
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14) O final é aberto e deixa muito à imaginação do leitor. Seria um sonho ou um evento sobrenatural? ( )
CORREÇÃO:
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14) A narrativa utiliza-se do discurso direto. ( )
CORREÇÃO:
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15) Pode-se dizer que o espaço narrativo é uma escada em formato tetraedro, seja ela real ou imaginária.
( )
CORREÇÃO:
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16) O tempo narrativo é indefinido, pois, caso tudo seja apenas um sonho, pode prolongar-se repetidas
vezes em novas e novas descidas da escada. ( )
CORREÇÃO:
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Answer 1

Resposta:

não sei

Explicação:

nunca vi alguém escrever tanta coisa na minha vida