A elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1815 beneficiava qual camada social no Brasil e por quê?
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Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi a designação oficial assumida em 16 de dezembro de 1815, a elevação do então Estado do Brasil (1549-1815), uma colónia portuguesa, a reino unido com o Reino de Portugal (sua metrópole soberana até então) e Algarve, devido à transferência da família real e da nobreza portuguesa para o Brasil.[2][3] Tal aconteceu por ordem do então Príncipe-regente Dom João Maria de Bragança (futuro Rei Dom João VI), após as invasões napoleônicas a Portugal.
Portugal Continental estava na época dividido, desde o século XVI, em seis grandes divisões tradicionais. Essas divisões eram, normalmente, designadas, até finais do século XVI por "comarcas". A partir de então, passaram a ser conhecidas por "províncias". O Algarve manteve o histórico título honorífico de "reino" ainda que, para todos os fins, fosse administrado como uma província igual às restantes. A partir do século XVII, as comarcas passaram a ser subdivisões das províncias, que não possuiam um órgão de administração provincial, sendo em termos civis, meras unidades estatísticas (eram subdivisões simbólicas). Em termos militares estas províncias tinham um comandante militar territorial, com o título de "governador das armas", responsável pelas tropas do Império Português no território.
O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves teve apenas dois reis, Dona Maria I (que era a Rainha de Portugal antes da elevação do Brasil a reino unido com Portugal) e Dom João VI (que, antes da sua mãe, a Rainha Dona Maria I, morrer, já governava como Príncipe-Regente). A capital do reino era a cidade do Rio de Janeiro, à época chamada apenas de Corte. Da mesma forma, durante a vigência do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, foi da sua capital - a cidade do Rio de Janeiro - que passou a ser exercida a soberania de Sua Majestade Fidelíssima sob todas as colónias do Ultramar Português.
O Reino do Brasil desmembrou-se com a independência do Brasil, a 7 de setembro de 1822, proclamada pelo filho do Rei Dom João VI, D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador D. Pedro I do Brasil e Rei D. Pedro IV de Portugal), que, antes da independência, era o herdeiro do trono como Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. O Reino do Brasil, independente em 1822 e, por conseguinte, desmembrado do império ultramarino português, torna-se Império do Brasil em 12 de outubro de 1822, com a coroação do Imperador D. Pedro I, confirmado em 25 de março de 1824, com a outorga da Constituição brasileira de 1824.
Adotava o sistema unicameral, aonde só havia um Câmara de Representates, que eram chamadas de Cortes do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
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