‘A educação é o caminho [...]’, diz Malala
Tatiana Gianini
Aos 16 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai tornou-se a maior voz mundial em defesa da educação feminina. Nos meses em que o Talibã dominou a região em que vivia no Paquistão, entre 2007 e 2009, as escolas para meninas receberam ordem de fechar as portas. As que não obedeceram foram dinamitadas. Por contar das suas privações em um blog e falar contra a opressão sofrida pelas mulheres em seu país, ela se tornou alvo do grupo extremista. [...] agora vive em Birmingham, na Inglaterra, com a família.
[...] Malala falou a VEJA por telefone. [...]
Por que o Talibã tem medo de você? O Talibã tem medo porque sabe que, se as mulheres tiverem acesso à educação, serão capazes de exercer um papel ainda maior do que o que elas já têm na sociedade. Em geral, são as mulheres que cuidam das famílias. São elas que administram a casa, cuidam dos filhos. Com a educação apropriada, elas poderão ter ainda mais oportunidades. Isso assusta o Talibã. É uma visão muito ruim, porque o mundo precisa de igualdade. Se as mulheres, que são metade da população mundial, não tiverem acesso à educação, o mundo não se desenvolverá. O Talibã também desenvolveu um sistema próprio de leis que não tem nada a ver com o Islã. O Islã nos diz que a educação e o conhecimento são direitos de todas as pessoas. Então eu acho que o Talibã não leu o Corão da forma apropriada. [...]
Você disse que quer ser a Primeira-ministra do Paquistão. O que você faria nesse cargo? Decidi que quero ser política porque a verdadeira política pode salvar todo um país. [...] Quero guiar meu país pelo caminho certo. Vou transformar a educação na maior prioridade do Paquistão. Há muito para fazer nessa área. Quero transformar o Paquistão em um país desenvolvido. Mostrarei às pessoas um Paquistão de paisagens maravilhosas, de pessoas incríveis e recursos fantásticos. [...]
Hoje você vive na Inglaterra. É melhor ser menina na Inglaterra ou no Paquistão? Na Inglaterra, as mulheres têm a oportunidade de descobrir quais são seus talentos. Toda mulher pode decidir o que quer fazer da vida e pode efetivamente realizar seus sonhos. No Paquistão, somos limitadas. Não temos a chance de identificar nossos talentos nem descobrir nossas habilidades. Só podemos ter filhos e cuidar de nossa família.
[...]
Você não tem medo de voltar ao Paquistão e ser assassinada pelo Talibã? O Talibã tentou me matar e fracassou. Agora estou certa de que as pessoas não querem me matar. Eles entenderam que minha causa é a educação. Mesmo se eu for baleada, a minha causa não deve mudar com a minha morte. Essa causa nunca vai morrer.
[...]
Sua luta teria sido possível sem o apoio incondicional de deu pai (o pai de Malala fundou a escola em que a filha estudava no Paquistão, a Khushal School and College)? Aprendi muito com meu pai. Acho que eu poderia defender essa causa mesmo sem ele, mas não tão jovem. Talvez com 20, 30 anos. Mas o meu pai foi um exemplo para mim e eu fui educada. Eu aprendi pouco, mas pelo menos aprendi. Sou muito grata a ele por isso. Tatiana Gianini. “A educação é o caminho para acabar com o terrorismo”, diz Malala.
Escreva todas os nomes próprios utilizados no texto.
R=
vitoria1200757:
me ajudemm!!!!!!
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Resposta:
alves cabrao descrobio o brasil
Explicação:
obg
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