a educação de surdos passou por diversas mudanças no decorrer dos anos
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A educação de surdos passou por diversas mudanças no decorrer dos anos. Na Antiguidade e na Idade Média, aqueles que não ouviam eram considerados desprovidos de pensamento e, por isso, não tinham direito à educação e a seus direitos legais. Foi a partir da Idade Moderna que os surdos passaram a ser vistos como capazes de pensar e de se comunicar, por meio dos ensinamentos de L´Epée que as línguas de sinais ganharam visibilidade na educação de surdos, pois ele permitiu que os surdos tivessem acesso à escrita, relacionando conceitos a sinais que eles já utilizavam e, muitas vezes, criando novos. No entanto, apesar da educação de surdos começar considerando as línguas de sinais, com o avanço do processo de unificação dos países, como a França e a Itália, a existência de uma língua - e uma cultura - de minoria colocaria em risco a centralização desses países. Surge então, nesse contexto, o Congresso de Milão (1880) responsável por abolir o uso de sinais na educação de surdos, sendo o oralismo a abordagem utilizada para a educação desse grupo minoritarizado.;O oralismo não considera as línguas de sinais e, consequentemente, as questões de identidade e cultura surda, buscando igualar o surdo ao ouvinte. O;bilinguismo [é visto] como a capacidade do sujeito se comunicar em duas línguas. Além disso, autora afirma que as competências linguísticas desse sujeito não são fixas, ou seja, o bilinguismo não é a soma de dois monolíngues perfeitos, mas um processo que prevê a mudança de código (codeswitching) e os empréstimos linguísticos, formando um universo linguístico próprio desse sujeito. Dentro dessa perspectiva, o bilinguismo de surdos propõe que sejam ensinadas e desenvolvidas simultaneamente duas línguas: a Libras e a Língua Portuguesa, principalmente na sua forma escrita.SPINELLI, B. Softwares educacionais para o ensino de Língua Portuguesa para surdos: uma proposta para o ensino de produção de texto. Projeto de dissertação de mestrado, Unicamp, 2018.A educação de surdos convive com a dualidade oralismo e bilinguismo.;A partir desse contexto, analise o seguinte caso.Em uma escola de ensino fundamental, a professora do;terceiro ano recebeu pela primeira vez um aluno surdo na sua sala de aula. Esse aluno foi inserido no aprendizado de Libras desde pequeno e, por isso, consegue se comunicar fluentemente nessa língua, porém apresenta dificuldades em Língua Portuguesa. Por isso, a sala de aula conta também com a presença da interprete de Libras. A professora, por não conhecer a questão educacional da surdez e por orientação da escola, trabalha com esse aluno o método oralista, incentivando-o a oralizar e trabalhando o português relacionando som e escrita. Com o passar dos meses, a professora percebeu que o aluno não avançava em seus conhecimento e se sentia cada vez mais excluído na sala de aula.
Resposta:
LETRA B
Explicação:
Letra B . A professora deve considerar trabalhar com o bilinguismo Libras/Português, já que esse aluno tem conhecimento fluente da Libras. Ao trabalhar com Libras e o Português de forma simultânea, a professora estará dandovalor para a língua do aluno e proporcionando que o mesmo tenha mais voz ativa na sala de aula.
VIVIANEBG10