A disputa entre israelenses e palestinos também engloba a questão da disponibilidade e do acesso à água? Justifique sua resposta
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A Anistia Internacional (AI) acusou Israel, de retirar uma quantidade desproporcional de água potável de um aquífero controlado pelo governo israelense na Cisjordânia, impedindo que os moradores palestinos obtenham sua parte.
Não é um fato isolado. Como os rios, muitas vezes, delimitam fronteiras entre as nações, a água está presente na disputa entre israelenses e palestinos pelo Rio Jordão; entre sírios e iraquianos pelo Tigre e Eufrates; egípcios, sudaneses e etíopes pelo Nilo; indianos e bengalis pelo Ganges
Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa pela água, deverão aparecer nas próximas décadas. Crescem as previsões de que, em regiões como o Oriente Médio e a bacia do Rio Nilo, na África, a água vá substituir o petróleo como o grande causador de discórdia.
A razão é a escassez do produto nesses lugares. Dos 2,5% de água doce disponíveis na Terra, apenas 0,3% são acessíveis ao consumo humano. Essa cifra demonstra claramente a diferença entre água e recursos hídricos, ou seja, água passível de utilização como bem econômico.
A desigualdade na distribuição do manancial faz com que alguns países sejam extremamente pobres em água, e outros muito ricos. Países desérticos, como o Kuwait, Arábia Saudita e Líbia, e pequenos países insulares, como Malta, Catar e as Ilhas Bahamas, por exemplo, possuem menos do que 200m3/ano de água por habitante, enquanto o recomendado pela ONU é de 1.000 m3/hab/ano.
Em contrapartida, regiões como o Canadá, a Rússia asiática, as Guianas e o Gabão têm mais de 100.000m3/hab/ano. O Brasil está na categoria servida com 10.000 a 100.000m3/hab/ano.
Mas, por ser uma região tradicionalmente envolvida em grandes conflitos, o disputado acesso aos mananciais de água no Oriente Médio é o que mais preocupa. A questão da água é alvo de intensas disputas entre israelenses e palestinos e é considerada um dos assuntos que devem ser resolvidos antes que os dois lados consigam finalmente fazer um acordo de paz.
"A escassez afeta a vida dos palestinos", denuncia a pesquisadora da Anistia Internacional em Israel, Donatella Rovera. Funcionários israelenses negam a acusação.
O problema se agravou após a divisão dos territórios palestinos entre o Fatah (laico), que governa a Cisjordânia, e o Hamas (islâmico), que controla a Faixa de Gaza. Os israelenses usam mais de quatro vezes a quantidade de água por pessoa, em média, do que os palestinos, cujo consumo situa-se abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, diz o relatório da AI.
O relatório da organização de direitos humanos se concentra especificamente no chamado Aquífero da Montanha, localizado na Cisjordânia. Segundo o documento, Israel usa mais de 80% da água retirada do aquífero e, embora o Estado judeu tenha outras fontes de água, o aquífero é a única fonte dos moradores da Cisjordânia.
Como resultado, os mais de 450 mil israelenses que vivem na Cisjordânia e no Leste de Jerusalém usam mais água do que os 2,3 milhões de palestinos da região, diz a Anistia.
Não é um fato isolado. Como os rios, muitas vezes, delimitam fronteiras entre as nações, a água está presente na disputa entre israelenses e palestinos pelo Rio Jordão; entre sírios e iraquianos pelo Tigre e Eufrates; egípcios, sudaneses e etíopes pelo Nilo; indianos e bengalis pelo Ganges
Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa pela água, deverão aparecer nas próximas décadas. Crescem as previsões de que, em regiões como o Oriente Médio e a bacia do Rio Nilo, na África, a água vá substituir o petróleo como o grande causador de discórdia.
A razão é a escassez do produto nesses lugares. Dos 2,5% de água doce disponíveis na Terra, apenas 0,3% são acessíveis ao consumo humano. Essa cifra demonstra claramente a diferença entre água e recursos hídricos, ou seja, água passível de utilização como bem econômico.
A desigualdade na distribuição do manancial faz com que alguns países sejam extremamente pobres em água, e outros muito ricos. Países desérticos, como o Kuwait, Arábia Saudita e Líbia, e pequenos países insulares, como Malta, Catar e as Ilhas Bahamas, por exemplo, possuem menos do que 200m3/ano de água por habitante, enquanto o recomendado pela ONU é de 1.000 m3/hab/ano.
Em contrapartida, regiões como o Canadá, a Rússia asiática, as Guianas e o Gabão têm mais de 100.000m3/hab/ano. O Brasil está na categoria servida com 10.000 a 100.000m3/hab/ano.
Mas, por ser uma região tradicionalmente envolvida em grandes conflitos, o disputado acesso aos mananciais de água no Oriente Médio é o que mais preocupa. A questão da água é alvo de intensas disputas entre israelenses e palestinos e é considerada um dos assuntos que devem ser resolvidos antes que os dois lados consigam finalmente fazer um acordo de paz.
"A escassez afeta a vida dos palestinos", denuncia a pesquisadora da Anistia Internacional em Israel, Donatella Rovera. Funcionários israelenses negam a acusação.
O problema se agravou após a divisão dos territórios palestinos entre o Fatah (laico), que governa a Cisjordânia, e o Hamas (islâmico), que controla a Faixa de Gaza. Os israelenses usam mais de quatro vezes a quantidade de água por pessoa, em média, do que os palestinos, cujo consumo situa-se abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde, diz o relatório da AI.
O relatório da organização de direitos humanos se concentra especificamente no chamado Aquífero da Montanha, localizado na Cisjordânia. Segundo o documento, Israel usa mais de 80% da água retirada do aquífero e, embora o Estado judeu tenha outras fontes de água, o aquífero é a única fonte dos moradores da Cisjordânia.
Como resultado, os mais de 450 mil israelenses que vivem na Cisjordânia e no Leste de Jerusalém usam mais água do que os 2,3 milhões de palestinos da região, diz a Anistia.
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