“A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do milênio. Por esse motivo, porém, elês têm de ser mais que simples cronistas, memorialistas e compiladores”. (HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. Companhia das Letras, 1995, p. 13). O excerto acima é uma bem conhecida assertiva do historiador inglês Eric Hobsbawn (1917-2012), que versa sobre os compromissos sociais dos historiadores. Sobre tal excerto, e no que diz respeito aos papéis de tais profissionais, é correto afirmarmos que: I. As palavras de Hobsbawn embasam o entendimento de que um dos compromissos urgentes do historiador é despertar na sociedade a importância do saber histórico e da memória para a continuidade do processo humanístico. II. Um modo eficiente do docente em História combater o desapego social quanto às experiências passadas é ter uma ação pedagógica que estabeleça pontes entre o passado e o presente. III. As gerações atuais são conscientes sobre a importância das vivências e experiências daqueles que nos antecederam, tornando obsoleta a preocupação dos historiadores com a função social da História. IV. O excerto esboça a comprensão de uma sociedade imediatista, pouco afeita à reflexão sobre as experiências humanas. Tal quadro, por sua vez, deve preocupar os historiadores. Alternativas Alternativa 1: I e III, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, II e IV, apenas. Alternativa 4: II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV.
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Alternativa correta: 3
Segundo Hobsbawn, os jovens estão envoltos num presente continuo, sem muita ligação com o passado. É muito importante uma relação entre o passado e presente, a ponte entre aos dois tempos é de fato uma estratégia pedagógica, uma vez que pode facilitar o entendimento da continuidade dos acontecimentos históricos.
Essa ponte dá significação para as ações e acontecimentos do presente. Sem essa ligação, os jovens são levados a questões imediatistas, não refletem sobre as relações e a não dissociação entre os tempos, sendo guiados apenas por acontecimentos do agora, o que é muito prejudicial para a continuidade do processo humano.
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