A descoberta do ouro no Centro-Oeste deu-se no acaso do bandeirismo. As últimas expedições a pé propiciaram então, pelo sucesso de suas prospecções minerais, um afluxo de grande contingente para a proximidade das minas. Responsáveis também pela expansão territorial da América Portuguesa, estes homens são questionados desde então pela historiografia: heróis ou meros bandidos. Nesta premissa, analise as asserções abaixo: I. "As marchas dos heróis, nesta representação apologética repleta de interfaces, padecem sob o domínio das motivações ideológicas, calcadas predominantemente na sugestão de liderança nata dos paulistas. Em outras palavras, o mito bandeirante, de certa forma e curiosamente, não se detém na particularidade mais espantosa de seu pretenso protagonista". PORQUE II. "A historiografia ufanista não se detém nisto pelo perigo daí decorrente em evidenciar demais a pobreza de São Paulo, fator econômico que ensejou as grandes jornadas. Se percebidos como miseráveis, os paulistas iniciariam a ser entendidos como homens comuns, começariam a ser despidos de suas vestes de heróis, perdendo sua aura mítica. O homem ordinário seria então vislumbrado... mas o Brasil está cheio de homens ordinários". PACHECO, Manuel Neto. Motricidade e corporeidade no Brasil Colonial: bandeirantes, índios e jesuítas. Dourados: Seriema, 2008. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta: Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Alternativa 2: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. Alternativa 5: As asserções I e II são proposições falsas.
Soluções para a tarefa
I. "As marchas dos heróis, nesta representação apologética repleta de interfaces, padecem sob o domínio das motivações ideológicas, calcadas predominantemente na sugestão de liderança nata dos paulistas. Em outras palavras, o mito bandeirante, de certa forma e curiosamente, não se detém na particularidade mais espantosa de seu pretenso protagonista".
Correto. A construção do bandeirante é uma construção mítica, que entende estes homens como heróis da expansão territorial no Brasil. Formadores do país, alguns os chamam, por seu papel na ocupação do interior.
PORQUE
II. "A historiografia ufanista não se detém nisto pelo perigo daí decorrente em evidenciar demais a pobreza de São Paulo, fator econômico que ensejou as grandes jornadas. Se percebidos como miseráveis, os paulistas iniciariam a ser entendidos como homens comuns, começariam a ser despidos de suas vestes de heróis, perdendo sua aura mítica. O homem ordinário seria então vislumbrado... mas o Brasil está cheio de homens ordinários".
Correto. Ao serem vistos como heróis, os paulistas acabam substituindo uma propensa imagem de pobreza observável nos primeiros núcleos populacionais da região.
Ambos estão corretos, com a segunda assertiva justificando a primeira.
Resposta:
Alternativa 1: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
Explicação: