A descoberta do ouro na região das Minas Gerais, no final do século XVII, provocou um expressivo aumento populacional e desenvolvimento urbano. Já no século XVIIII, começou a chegar ao Brasil um volume cada vez maior de informações a respeito das ideias que questionavam o absolutismo, o sistema colonial e a escravidão, que marcavam as relações entre Brasil e Portugal
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Resposta:
Como havíamos dito em nosso último artigo, o Brasil desde o começo do século XVII (1630), sofria com a crise do açúcar. Tal instabilidade fora provocada porque os franceses e holandeses entraram no mercado competitivo da produção açucareira, dificultando assim, a comercialização deste produto por parte dos brasileiros. Acontece que a partir de então, a Coroa portuguesa e os próprios brasileiros, começam uma campanha muito forte rumo a interiorização do país, pois desta forma, talvez fosse possível encontrar ouro suficiente para sanar os problemas econômicos do Império.
O ouro foi encontrado por volta do ano de 1693, quando os paulistas, ou como são conhecidos, bandeirantes, encontraram fartura de minérios nas Minas Gerais. Este fator foi responsável por gerar uma forte demanda migratória para a região. Deste modo, via-se diversos senhores de engenho abandonando suas plantações, para tentar novos meios de subsistência nas minas de ouro recém descobertas.
Além dessas mudanças demográficas, que fizeram com que se criasse nas Minas Gerais diversas cidades e vilas, povoadas por escravos, senhores e cidadãos livres, houve ainda a mudança da capital da colônia. A saber, a primeira capital da colônia foi Salvador – BA e, posteriormente, com a criação da rota do ouro, passou a ser o Rio de Janeiro – RJ. Isso porque o transporte do ouro das Minas Gerais se dava muito mais facilmente se escoado para o porto do Rio, posto que o caminho para a Bahia além de mais longo, contava também com a presença de diversas tribos indígenas hostis aos homens brancos.
Em um primeiro momento, a extração de ouro se deu de maneira muito mais simples, no sentido de que era farto o que chamamos de “Ouro de aluvião”, ou seja, o ouro encontrado nas margens e leito dos rios, não sendo necessário técnicas sofisticadas de mineração. Tais minérios, como é de se esperar, foram se tornando cada vez mais escassos e passou-se a demandar uma tecnologia mais sofisticada de extração do ouro, desta vez, com longas escavações e exigindo um investimento muito maior por parte dos extratores.
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