Filosofia, perguntado por vicentepedrini, 9 meses atrás

"[...] A descoberta das vacinas tem importância crucial na história da ética médica. No final do século XVIII, em meio a uma epidemia de varíola, o médico inglês Edward Jenner, em uma experiência revolucionária, inoculou a linfa das lesões de uma ordenhadora de vacas em um garoto, James Phillip. Após algum tempo, Jenner inoculou-lhe mais de uma vez o fluido extraído de uma lesão variolosa. O menino resistiu e não apresentou a doença, comprovando a eficácia de sua tese acerca da técnica de imunização. Esta experiência de Jenner, apesar de parecer antiética na perspectiva atual, não levantou qualquer dilema moral à época dado que o terror à varíola era disseminado, por ser considerada a mais terrível doença do século XVIII, que dizimou populações inteiras. Estes fatos ocorridos com a descoberta das vacinas nos levam ao questionamento sobre o contexto em que foram testadas e aceitas pela população no passado e de como são consideradas e utilizadas no presente [...]" ( LESSA, DOREA, 2013, p. 227)

Disponível em Acesso em 14 fev. 19.

A recusa à vacinação é um dilema ético da saúde e para ajudar a resolver tais dilemas, surgiu a Bioética que se assenta em três grandes princípios. No caso de uma pessoa recusar a tomar a vacina, por exemplo, ela está se valendo do princípio:


Escolha uma:
a. Da revolta.
b. Da beneficência.
c. Da autonomia.
d. Da justiça.

Soluções para a tarefa

Respondido por EduardoPLopes
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Ao se recusar a cumprir com uma exigência, seja ela qual for, o sujeito está exercendo o princípio da autonomia. É correta a alternativa C.

A autonomia é o preceito de acordo com o qual cada um é responsável por si mesmo, de modo que tem o direito de obedecer ou desobedecer determinações que considera injusta ou irrazoáveis.

Vale ressaltar, contudo, que apesar da autonomia é importante termos consciência de que nossas decisões afetam aos outros, e a recusa à vacinação tem causado, em diversas regiões do mundo, surtos de doenças que haviam sido erradicadas, de modo que o exercício da autonomia que prejudica os demais é antes uma ação imoral que um ato de reflexão filosófica profuna.

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