A Declaração Universal dos Direitos Linguísticos e também os vários teóricos da linguística que pesquisam temáticas sempre voltadas para uma concepção de língua pensada dentro de um campo de saber multifacetado - ou seja, que abordam o jurídico, o social, o político e, principalmente, as ciências da linguagem - fazem parte de um conjunto de saberes que pensam a língua em uma abordagem respaldada na diversidade.
A Declaração Universal dos Direitos Linguísticos é um documento que, apesar de pouco divulgado, foi publicado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Barcelona (Espanha/1996). Sua finalidade básica é documentar e reconhecer a diversidade das línguas, a partir de uma concepção capaz de enfraquecer, simultaneamente, as tendências homogeneizadoras e os possíveis fatores de isolamento e exclusão.
Essa reflexão, produzida a partir de várias temáticas, não ocorre por acaso, mas por uma exigência da forma como se compõe a sociedade e seus falantes e da própria língua que hoje é pensada como heterogênea, polissêmica, fluida, em constante movimento, dividida e desigual. Diante dessa perspectiva, é necessário que você, enquanto um pensador da língua, tenha acesso a esse documento e às produções dos autores que estão constantemente pensando sobre (e na) língua por este viés multifacetado. Afinal, nós humanos que temos a língua como nosso instrumento de excelência comunicativa, somos seres plurais em pensamentos, culturas, concepções políticas e classes sociais diferentes e a nossa língua materna (a portuguesa brasileira) também se constitui dentro dessa diversidade.
Agora que você já sabe que a língua não é pensada somente pelos manuais da gramática normativa tradicional e pelos livros de linguística, a partir da leitura da “Declaração Universal dos Direitos Linguísticos”, produza um (único) texto reflexivo de até uma página no qual aborde os seguintes itens:
a) Seu posicionamento sobre a "língua". Para isso, aborde o seguinte questionamento: você pensa a língua pelo viés teórico da diversidade, ou seja, enquanto algo multifacetado, heterogêneo e mutável que vai se produzindo nas relações sociais dos falantes OU como algo homogêneo e sistêmico, tal como foi (e é) pensado pelos estudiosos da gramática normativa e por Saussure, no início do século XX? Ou você é inovador e, portanto, capaz de fazer uma junção das duas abordagens e, pensar a língua como algo homogêneo, sistêmico, heterogêneo e mutável, simultâneamente?
b) Justificativa teórica e prática. Para isso, escolha um material concreto (foto de outdoor, propaganda, receita de alimento, bula de remédio, piada, charge, tirinha, foto de fachada de estabelecimento comercial, cardápio de lanchonete, etc) e a partir dele justifique o posicionamento destacado em a.
Espera-se que sua resposta considere a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos que está disponível na pasta Material da disciplina, por isso leia e cite especificamente algum dos artigos entre o 23º e 30º, da Secção II - Ensino.
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1- Sobre a língua podemos afirmar que a mesma é sim, um viés teórico da diversidade.
Vemos que a língua de um povo adere a elementos culturais diversificados que compõe a história de uma nação. Por exemplo, vemos que a lingua portuguesa, teve influências de Portugal, quando o Brasil ainda era uma colônia, tem palavras que são consideradas gírias, mas constam no dicionário, que são resultantes de diversas culturas regionais. Então podemos entender a língua como um viés da diversidade.
b- Em anexo, envio uma tirinha que justifica de forma pratica a diversidade, pois trabalha falas regionais que mostram a diversidade da língua portuguesa e como as culturas influenciam nela.
Anexos:
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