A corrupção no Brasil colônia tinha um sentido completamente diferente do modelo adotado atualmente. O Estado era o próprio monarca. A democracia não passava de um sonho. Assim, “guardas facilitavam a soltura de condenados, juízes calibravam o rigor das sentenças, fiscais unhavam parte das mercadorias que deveriam tributar” (FIGUEIREDO, 2008, p. 212). Havia certa tolerância institucional. A corrupção só era condenada se:
Escolha uma opção:
a.
Ameaçasse o tesouro e o monopólio da monarquia.
b.
Mexesse com fortes interesses empresariais da época.
c.
Fosse divulgada pela imprensa.
d.
Criticasse as ações do governo colonial.
e.
O corrupto não doasse parte do desvio para instituições de caridade.
Soluções para a tarefa
Resposta:o
Explicação:
Resposta:
a. Ameaçasse o tesouro e o monopólio da monarquia.
Explicação:
Guardadas as devidas proporções, nos períodos em que não vigoravam os princípios do Estado moderno ou mesmo a ideia de igualdade e participação política, quando a democracia não passava de um sonho para uns poucos intelectuais, os negócios da Coroa se misturavam indiscriminadamente com os recursos públicos e quase não se falava em corrupção – pelo menos no sentido legal e sociológico que atribuímos hoje –, pois o Estado era o próprio monarca, seria no mínimo simplista e anacrônico taxar tais práticas em um ambiente que não propiciava sequer a identificação desses atos. Contudo, são registrados casos que despertam a curiosidade por envolver toda a administração colonial portuguesa. Contando com baixíssimos salários e com a difícil fiscalização, funcionários reais complementavam a renda participando de atividades que geralmente eram toleradas pela Coroa, desde que não ameaçasse o tesouro e o monopólio da monarquia. Daí “guardas facilitavam a soltura de condenados, juízes calibravam o rigor das sentenças, fiscais unhavam parte das mercadorias que deveriam tributar” (FIGUEIREDO, 2008, p. 212).