Filosofia, perguntado por Usuário anônimo, 7 meses atrás

a) Com base no racionalismo, corrente filosófica (representada principalmente por Descartes) que diz que só a razão é a verdadeira fonte de conhecimento, que certeza uma pessoa que segue essa corrente teria ao ver as seguintes imagens?

b) Com base no empirismo , corrente filosófica (representada principalmente por Hume e Locke) que diz que todo conhecimento é proveniente dos sentidos humanos, que certeza uma pessoa que segue essa corrente teria ao ver as seguintes imagens?

c) O idealismo transcendental de Kant é fundamentado no fato de o conhecimento não resultar de uma experiência neutra. Diz que a razão não é pura por depender da experiência. Busca uma síntese entre o pensamento racionalista e empirista. Kant atenta para a influência social na razão. O filósofo apontava que cada um enxerga o mundo conforme suas lentes cognitivas. As lentes resultam da influência do meio, da sociedade e do momento histórico. Que certeza uma pessoa que segue essa corrente teria ao ver as seguintes imagens? ​

Soluções para a tarefa

Respondido por pedrolopes2907
1

Resposta

O racionalismo tem como principal objetivo teorizar o modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando qualquer elemento empírico como fonte do conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas, todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo conosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão. São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz.

René Descartes, filósofo e matemático francês, é considerado o primeiro grande racionalista.

René Descartes, filósofo e matemático francês, é considerado o primeiro grande racionalista.

Características do racionalismo

Como a epistemologia (vertente filosófica que investiga as teorias do conhecimento), o racionalismo afirma que todo o conhecimento humano advém da pura racionalidade e do intelecto. As experiências práticas, para os racionalistas, não têm valor cognitivo, podendo inclusive enganar-nos ao oferecer-nos impressões errôneas. Os racionalistas defendem que as ideias surgem da pura e simples capacidade racional e impulsionam o intelecto, formando os conhecimentos com base nas leis universais da razão.

O racionalismo admite a tese inatista, a qual defende que o conhecimento parte de impressões inatas que acompanham todos os seres humanos, os quais são dotados da capacidade racional desde o seu nascimento. A explicação para que uns tenham conhecimentos mais avançados que outros é fornecida pelo desenvolvimento das capacidades inatas via exercícios racionais, ou seja, algumas pessoas são mais inteligentes, habilidosas ou conhecem muito de determinado assunto porque se esforçaram e exercitaram o seu intelecto, descobrindo nele as ideias que sempre estiveram lá contidas.

Veja também: Diferenças entre o ser humano e os demais animais

Racionalismo e Renascimento

É no contexto do Renascimento que as ideias racionalistas começam a ganhar força na Europa. Defendendo um retorno aos ideais da Grécia Antiga e uma valorização do conhecimento humano, os renascentistas operaram uma significativa revolução cultural em sua época. Invenções do período, como a imprensa, impulsionaram também a vontade de conhecer.

A ciência começa a tornar-se mais específica e revela novas descobertas na passagem do Renascimento para a Modernidade, o que coloca no centro das discussões filosóficas a seguinte pergunta: como é possível o conhecimento? Esse questionamento, que surge no início da Modernidade por conta do desenvolvimento intelectual renascentista, faz surgir a epistemologia ou teoria do conhecimento, tendo como principais divisões, no decorrer desse período, o racionalismo e o empirismo.

Racionalismo e empirismo

Na Modernidade, o debate entre racionalistas e empiristas acirrou-se. Enquanto os empiristas afirmavam que todo o conhecimento humano advém da experiência e que as ideias somente surgem em nossa mente após as vivências, os racionalistas afirmam que o conhecimento humano verdadeiro é puramente intelectual e que as estruturas cognitivas funcionam separadamente das estruturas corpóreas, admitindo inclusive a existência das ideias inatas.

Mais tarde, o racionalista alemão Gottfried Wilhelm Leibniz escreve outro texto defendendo o racionalismo, em que ele critica a posição de Descartes, tenta refutar os empiristas britânicos e funda uma teoria do conhecimento chamada de monadologia.

A solução para o longo embate entre empiristas e racionalistas parece ser oferecida por Immanuel Kant, representante do Iluminismo alemão, que funda uma teoria do conhecimento duplamente fundamentada em elementos racionalistas e empiristas.

Veja também: René Descartes e a dúvida hiperbólica

Filósofos racionalistas

Como é tradição na história da filosofia, diversas ideias diferentes foram apresentadas pelos racionalistas, criando um ciclo de teorias e refutações entre eles. A seguir estão listados os principais filósofos racionalistas e suas ideias:

Baruch de Spinoza

Spinoza foi um filósofo racionalista que questionou a existência de Deus, o que levou à sua expulsão de Amsterdã.

Spinoza foi um filósofo racionalista que questionou a existência de Deus, o que levou à sua expulsão de Amsterdã.

Spinoza era filho de uma família de origem portuguesa, mas que vivia na Holanda. Também de origem judaica, o pensador holandês, dedicado ao estudo de filosofia e teologia desde jovem, desenvolveu teses acerca da existência de Deus que chocaram a comunidade judaica holandesa e renderam a sua expulsão de Amsterdã.


Usuário anônimo: b) Como a descoberta de Pitágoras, pode unir  a emoção (impulso dionisíaco) e a ordem racional (impulso apolínio) conforme conceituou Nietzsche? 
Usuário anônimo: poderia me ajudar nessa tbm?
Perguntas interessantes