A coerência textual é um critério linguístico relacionado à construção de sentidos do texto, que reflete a lógica que o leitor precisa encontrar tanto ao ler uma produção escrita, quanto ao ouvir um enunciado.
ARCINE, Raquel de Freitas. Produção Textual. Maringá: UniCesumar, 2018
Considerando as informações acima, leia os textos I e II, sobre o conteúdo relativo à progressão textual, analisando a relação de coerência existente entre eles. Em seguida, identifique a assertiva que apresenta a relação correta.
Texto 1 - Segundo Koch (2002, p. 84-85), em "Desvendando os segredos do texto", “[...] um texto não se constrói como continuidade progressiva linear, somando elementos novos com outros já postos em etapas anteriores, como se o texto fosse processado numa soma progressiva de partes. O processamento textual se dá numa oscilação entre vários movimentos: um para frente (projetivo) e outro para trás (retrospectivo), representáveis parcialmente pela catáfora e anáfora. Além disso, há movimentos abruptos, há fusões, alusões etc. Em sentido estrito, pode-se dizer que a progressão textual se dá com base no já dito, no que será dito e no que é sugerido, que se co-determinam progressivamente”.
Assim, podemos compreender a seguinte construção:
Texto 2 - Bíblia Sagrada (Marcos 4, 1-8)
1 Novamente, Jesus começou a ensinar à beira mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia.
2 Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino:
3 "Ouçam! O semeador saiu a semear.
4 Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram.
5 Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda.
6 Mas, quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.
7 Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto.
8 Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um".
Alternativas
Alternativa 1:
O texto II não exemplifica o texto I, pois é um texto metafórico, com muitas possibilidades significativas, sendo, portanto, vago para explicar a teoria.
Alternativa 2:
O texto I não exemplifica o texto II, pois é uma teoria que se refere a textos não religiosos.
Alternativa 3:
O texto II contradiz o texto I, porque a passagem bíblica trazida conta a história de um semeador, no sentido literal. Portanto, neste caso, há uma linearidade na construção dos sentidos e não é isso que o recorte teórico retrata.
Alternativa 4:
O texto I exemplifica o texto II; é uma consequência da teoria explicada, no sentido de que é um texto metafórico. Portanto, faz sentido pelo que é "sugerido", comprovando "que um texto não se constrói como continuidade progressiva linear".
Alternativa 5:
O texto II exemplifica a teoria explicada, no sentido de que é um texto metafórico. Portanto, faz sentido pelo que é "sugerido", comprovando "que um texto não se constrói como continuidade progressiva linear".
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Alternativa 5: O texto II exemplifica a teoria explicada, no sentido de que é um texto metafórico. Portanto, faz sentido pelo que é "sugerido", comprovando "que um texto não se constrói como continuidade progressiva linear".
A coerência textual compreende um critério linguístico que apresenta relação com a construção dos sentidos referentes aos textos, visa uma reflexão a respeito da lógica e do que o leitor pode encontrar na produção escrita.
Ao analisar os textos I e II do enunciado, podemos concluir que a relação apresentada entre eles é que o texto II apresenta um exemplo a respeito da teoria abordada, visto que é um texto do tipo metafórico.
Bons estudos!
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