A cidade é um montão de gente tentando fugir dos automóveis. A gente que consegue entra nas lojas, nos cinemas e nos cafés, tudo muito depressa como se fosse o último dia de tudo. Quando a gente vai entrando na cidade vai perdendo a educação e quando vai saindo vai virando educada de novo. Nas ruas tem sempre uma porção de gente querendo vender uma porção de coisas que a gente não quer de modo nenhum, mas nas lojas é difícil encontrar o caixeiro pra vender o que a gente quer. Agora a ocasião em que a cidade fica mais bonita é de noite, quando todas as lojas acendem as luzes de náilon.
Minha cidade é tão grande que nem do alto do morro a gente vê ela toda. Faz calor no verão e, às vezes, um pouquinho de frio no inverno. A gente brinca muito na praia, que tem uma areia que dá muito apetite depois que a gente brinca nela, de modo que a gente come tanto que parece às vezes que a comida é maior do que a gente. Agora de automóvel a cidade acaba logo e papai diz que um dia nós vamos no Rio de Janeiro. Mas o melhor mesmo da minha cidade são as férias, que é quando a gente vai passar uns tempos noutro lugar.
(FERNANDES, M. Conpozissõis imfãtis. R. J.: Nórdica, 1975.)
QUESTÃO 7
Nesse texto, uma marca de oralidade é encontrada na
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Olá.
Nesse texto, pode - se ver a crítica aos problemas existentes em grandes cidades o que faz com que se perca qualidade de vida em tal lugar.
Assim sendo, o texto mostra de maneira clara e evidente a oralidade na maneira a qual o narrador expressa sua opinião a cerca do assunto.
Dessa forma, tal questão o carateriza como narrador - personagem, uma vez que o mesmo narra fatos o qual ele mesmo participa dos próprios fatos.
Bons estudos!
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