A Chevron Corporation, uma das grandes multinacionais do petróleo, protagonizou no dia 8 de novembro um desastre ambiental na Bacia de Campos. Nesse dia, devido a uma subestimação da pressão do reservatório que estava sendo perfurado pela Trans oceano (empresa contratada para realizar a perfuração), ocorreu vazamento de petróleo de um poço para o solo, produzindo uma extensa mancha negra no litoral a uma distância de 120 quilômetros da costa. A postura da empresa diante dessa situação não tem sido muito correta. Primeiramente, a dimensão do vazamento divulgada pela companhia destoou enormemente da dimensão real. A Chevron afirmou, também, que mantinha 18 navios na área para tratar do problema, mas aeronaves da polícia identificaram apenas um. Não bastasse, a Polícia Federal afirmou que a Chevron, ao invés de recolher o óleo derramado, está utilizando uma técnica conhecida como dispersão mecânica, que consiste em derrubá-lo para o fundo do mar empurrando-o com jatos de areia. Uma empresa desse porte, que lida com um dos recursos mais importantes do planeta – e que também é causa de diversos problemas ambientais – deveria ter tido uma conduta diferente, assumido a responsabilidade e ter se comprometido com a verdade desde o início. Ainda não está claro se, enquanto pessoa jurídica, a ela possa ser imputável a falha que originou este dano ambiental. No entanto, a postura assumida indica falta de compromisso ético da empresa, postura essa que, aliás, pode custar muito à própria Chevron, ainda mais no âmbito da imagem associada à marca do que financeiramente. O Governo pretende punir a companhia com a multa máxima de R$ 50 milhões, valor considerado diminuto por especialistas. Segundo perito da Polícia Federal interessa mais pagar a multa do que ter controle mais rígido sobre vazamentos. A Chevron já financiou em diversas ocasiões, inclusive na Bacia de Campos em 2007, a ONG , defensora do ecossistema marinho. Provavelmente esse tipo de financiamento, que no fundo funciona como investimento na marca, custa menos do que, efetivamente, tomar as devidas precauções e antecipar soluções em relação a desastres ambientais no mar. A ONG em questão, por sua vez, optou por atacar o Governo brasileiro, sem nem tratar da sua financiadora ao abordar este vazamento. Aqui, o fluxo do dinheiro, de um lado e do outro, parecem ser mais importantes que o fluxo do óleo que vaza. Este caso expõe como a ética corporativa ainda tem muito a se desenvolver, e como, nesse sentido, a realidade é bem distinta das aparências. ERA. A Chevron e a falta de ética empresarial. A partir do que se apresenta a respeito do caso Chevron e sua falta de ética empresarial, analise as sentenças a seguir:
I - Em 1980 houve uma ampliação do escopo da ética empresarial, o que tornou o conceito universal.
II - Uma empresa, nos dias de hoje, pode sobreviver sem se pautar em princípios éticos.
III - A ética nos negócios é o comportamento da empresa entendida como lucrativa quando age em conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade.
IV - O desenvolvimento das organizações deve ocorrer de maneira harmoniosa com os sistemas econômicos, políticos e culturais nas quais elas estão inseridas.
Assinale a alternativa correta:
A As sentenças III e IV, apenas.
B As sentenças I e III, apenas.
C As sentenças II e IV, apenas.
D As sentenças I e IV, apenas.
E As sentenças II e III, apenas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A As sentenças III e IV, apenas.
Explicação:
Olá, tudo bem?
I - Em 1980 houve uma ampliação do escopo da ética empresarial, o que tornou o conceito universal.
ERRADO. O conceito já era universal.
II - Uma empresa, nos dias de hoje, pode sobreviver sem se pautar em princípios éticos.
ERRADO. A opinião pública pode acabar com uma empresa. conceitos éticos hoje são considerados patrimônio empresarial.
III - A ética nos negócios é o comportamento da empresa entendida como lucrativa quando age em conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade.
CORRETA. A ética, como dito no quesito anterior, pode ser lucrativa.
IV - O desenvolvimento das organizações deve ocorrer de maneira harmoniosa com os sistemas econômicos, políticos e culturais nas quais elas estão inseridas.
CORRETO. Devem ocorrer de maneira harmoniosa, isto não quer dizer que ocorram.
Sucesso nos estudos!!!