A Burguesia e Proletariado, ainda existem nos tempos atuais? Como vivem? O que mudou e oque permaneceu na condição de vida desses grupos sociais da Revolução Industrial nos dias atuais?
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Tudo está a ser reconfigurado com a Revolução Tecnológica, a deslocalização, o desemprego cronificado e o emprego precário (em Ocidente, maioritariamente concentrado cara ao setor de serviços). Assim as categorias marxistas podem continuar a ter valor teórico, porque podemos procurar equivalentes contemporâneos, mas o próprio Marx advertia que no futuro (agora) a burguesia vinculada às fábricas iria perdendo o seu poder em benefício da alta burguesia financeira: é exatamente o que está a acontecer. Por essa razão se aplicamos aos atuais proprietários dos meios de produção a etiqueta de "burgueses", na realidade o que estaremos a fazer será copiar um esquema doutra época. A velha burguesia, e muito em especial a pequena e intermédia, estão a ser vítimas da expropiação dos capitais por parte das grandes transnacionais. Os diretivos dessas trans-nacionais e os diretivos da grande Banca são a "burguesia", ou seja, os verdadeiros dirigentes da economia e da política mundial, como prognosticara também Lenine.
No que atinge ao proletariado, a era post-fordista na que nos achamos destruíu as relações produtivas dentro da fábrica e esmagou a consciência de classe daquilo que no XIX e no XX chamávamos "proletariado". Agora o que existe son diversas modalidades de exclusão social e de precariedade. Igual que ocorre com a burguesia, continua a haver restos dessa classe (sindicados, organizados e cientes dos seus Direitos), mas são cada vez mais uma minoria que não resulta fácil diferenciar das antigas classes médias. O "proletário" moderno não sabe onde viverá dentro dum mes, nem onde trabalhará, nem por quanto tempo. Tem dificuldades para pagar a moradia (aluguer) e em muitas casos trabalhar e cobra o seu ordenado para não morrer de fome, mas com o que cobra não pode edificar uma vida. São condições próximas à escravidão.
No que atinge ao proletariado, a era post-fordista na que nos achamos destruíu as relações produtivas dentro da fábrica e esmagou a consciência de classe daquilo que no XIX e no XX chamávamos "proletariado". Agora o que existe son diversas modalidades de exclusão social e de precariedade. Igual que ocorre com a burguesia, continua a haver restos dessa classe (sindicados, organizados e cientes dos seus Direitos), mas são cada vez mais uma minoria que não resulta fácil diferenciar das antigas classes médias. O "proletário" moderno não sabe onde viverá dentro dum mes, nem onde trabalhará, nem por quanto tempo. Tem dificuldades para pagar a moradia (aluguer) e em muitas casos trabalhar e cobra o seu ordenado para não morrer de fome, mas com o que cobra não pode edificar uma vida. São condições próximas à escravidão.
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