A brisa dizia à rosa:
― “Dá, formosa,
Dá-me, linda, o teu amor;
Deixa eu dormir no teu seio
Sem receio,
Sem receio, minha flor!
Da tarde virei da selva
Sobre a relva
Os meus suspiros te dar;
E de noite na corrente
Mansamente,
Mansamente te embalar!” ―
E a rosa dizia à brisa:
― “Não precisa
Meu seio dos beijos teus;
Não te adoro... és inconstante...
Outro amante,
Outro amante aos sonhos meus!”―
Tu passas de noite e dia
Sem poesia
A repetir-me os teus ais;
Não te adoro... quero o Norte
Que é mais forte
Que é mais forte e eu amo mais!”―No outro dia a pobre rosa
Tão vaidosa
No hastil se debruçou;
Pobre dela! ― Teve a morte
Porque o Norte
Porque o Norte a desfolhou!...
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