Português, perguntado por clarisse450269, 6 meses atrás

A BERTA LUTZZ ERA UMA CIENTISTA, E SEGUNDO DADOS DA UNESCO , ESTIMA-SE QUE APENAS 30% DOS CIENTISTAS DO MUNDO SEJAM MULHERES. JUSTIFIQUE QUAIS SERIAM AS CAUSAS DESSE ÍNDICE SER TÃO BAIXO EM RELAÇÃO AOS HOMENS

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Respondido por luaradeoliveira3
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o d Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência na Fiocruz, celebrado em 11 de fevereiro, o Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas) promoveu, na tarde da última segunda-feira (11/2), uma série de apresentações sobre o tema. Durante a abertura do evento, a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta, falou sobre a importância de promover essa discussão associada a ações afirmativas, de modo a trazer mais mulheres para a ciência.

“Ainda que, no IRR, sejamos a maioria- somos 70%-, mundialmente e especialmente nas ciências exatas, a ciência ainda é uma área de predominância masculina e, até por isso, esta data foi criada em uma Assembleia das Nações Unidas, em dezembro de 2015. A data tem relação com a Agenda 2030 que está como a Tese 06 do 8º Congresso Interno da Fiocruz, bem como a Tese 11, na qual a Fiocruz se posiciona na luta por uma sociedade mais justa e equânime, comprometida com a diversidade e comprometida com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, exclusão e violência”, destacou a diretora, lembrando que, pela primeira vez, a Fiocruz tem uma mulher na Presidência.

A pesquisadora Paula Bevilacqua deu início às apresentações, expondo as ações institucionais do Comitê Pró-equidade de Gênero e Raça, bem como do Programa Institucional em Violência e Saúde. Segundo ela, ambas as iniciativas têm como referência o 8º Congresso Interno da Fundação, que, especialmente por meio da tese 11, norteia e direciona as atividades da Fiocruz no que diz respeito a essas questões.

De acordo com a pesquisadora, o Comitê, que passou por uma reformulação recentemente, elaborou um plano de ações para o quadriênio 2019-2022, definindo atividades de curto, médio e a longo prazo. Ela destacou que, dentro da perspectiva de gênero e raça, o Comitê de Pró-equidade da Fiocruz amplia a questão, contemplando também a diversidade de gênero.  

“Assim, uma das ações realizadas foi a Campanha Fiocruz é Diversidade, realizada em parceria com a Coordenação de Comunicação Social (CCS), tendo como foco o combate ao racismo e à transfobia”, comentou. “Outra importante atividade desenvolvida é o Projeto Trajetórias Negras, espaço de troca e conversa sobre o racismo e representatividade das pessoas negras. Além disso, a Fiocruz está adotando sistema de cotas para concurso público, bem como nos processos seletivos dos programas de pós-graduação em algumas unidades”, contou.  

Ao abordar o Programa Institucional em Violência e Saúde, coordenado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde (Claves-Ensp/Fiocruz), Paula lembrou o objetivo do programa: amplificar e articular a reflexão e ação sobre a violência e saúde entre as diversas unidades da Fundação. Ainda segundo a pesquisadora, nesse sentido, diversas ações vêm sendo realizadas, como oficinas temáticas para atualização de conceitos, além da criação de um site e de atividades voltadas para o apoio à pesquisa.  

Mulheres na ciência

A pesquisadora Natascha Ostos, mestre e doutora em história pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-doutoranda no IRR, ministrou a palestra Mulheres na ciência- uma perspectiva histórica. Abordando os principais marcos da carreira das cientistas Bertha Lutz e Virgínia Bicudo, Natascha mostrou que a atuação das mulheres na ciência está atravessada por questões políticas, econômicas e sociais.  

De acordo com a pesquisadora, dados divulgados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apontam que, em 2010, as mulheres representavam 51% do total de pesquisadores. Essa aparente igualdade, segundo ela, deixa encobertas questões importantes, como por exemplo o fato de que a maior parte das doutoras esteja concentrada nas ciências humanas, área que recebe menores valores em financiamentos. O mesmo se dá também em relação à remuneração das mulheres pesquisadoras, que, a exemplo do que ocorrem em outras áreas, historicamente, recebem sempre menos que os homens, ainda que executando as mesmas tarefas.  

“Ao começarem a frequentar as universidades e o mundo do trabalho, as mulheres são aceitas somente em áreas ligadas ao cuidado. São enfermeiras, assistentes sociais, professoras... Essa é uma situação que vem se perpetuando, considerando que, hoje, na física por exemplo, 80% dos profissionais são do sexo masculino. E vê-se também que a predominância feminina se dá em espaços que pagam menos. No ensino, por exemplo, as mulheres são a maioria na educação infantil, nas creches; já nas universidades, que pagam os melhores salários, os homens são a maioria”, afirma.  

Segundo a pesquisadora, a desigualdade é histórica e, durante muito tempo, foi respaldada pela legislação. De 1916 a 1962, o Código Civil determinava que o marido era considerado o chefe da sociedade conjugal. Ele tinha o direito de autorizar a profissão da mulher, que, por sua vez, era obrigada a ter o mesmo domicílio que o cônjuge.  

 


luaradeoliveira3: nn deu pra falar tudo dela e oq vc pediu mais ta ai
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