A BELEZA DAS RUÍNAS
A velha está sentada à mesa. As mãos trêmulas cruzadas à frente, na altura do rosto, como se rezasse. Dessas mãos escorrem veias grossas que parecem carregar em sua seiva a história de muitas décadas. São como troncos, como garras de pássaros, de pele áspera e desenhada por sulcos, veios, nós. Traz manchas de vários matizes, mapas de segredos e descobrimentos. Há beleza nessas mãos, nesses braços desfeitos. É a mesma beleza que vemos nas construções antigas, nas ruínas. Só que ali é a pedra — e não a pele — que nos conta histórias.
(Heloísa Seixas)
Sobre o texto acima, é incorreto afirmar que
a) predomina a descrição subjetiva pelo uso de comparações na caracterização das mãos da personagem.
b) a comparação implícita entre “manchas de diversos matizes” e “mapas de segredos e descobrimentos” configura uma metáfora.
c) o título “A beleza das ruínas” confirma-se na comparação entre as mãos da velha e as construções antigas.
d) enquanto nas ruínas é a pedra que conta histórias, na velha, é a pele das mãos.
e) há exemplo de frase nominal no trecho: “Dessas mãos escorrem veias grossas”.
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a) predomina a descrição subjetiva pelo uso de comparações na caracterização das mãos da personagem.
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