A ARTE DEPOIS DE SEU FIM
"O que mais me interessa nesses esforços de salvar a narrativa são as tentativas de contar um novo tipo de história em reconhecimento, pode-se dizer, de um novo tipo de realidade. O prefácio escrito por Roger Fry para o catálogo da Segunda Exposição Pós-Impressionista, nas Galerias Grafton de Londres, começa: 'Quando a Primeira Exposição Pós-Impressionista aconteceu nesta Galeria há dois anos, o público inglês teve, pela primeira vez, plena consciência da existência de um novo movimento em arte, movimento que foi mais desconcertante por não ser uma simples variação sobre temas já aceitos, mas implicava na reconsideração do propósito, objetivo e dos métodos das artes plásticas e pictórica.'
Fry anotou que 'acusações de falta de jeito e incapacidade foram feitas livremente' pelo público 'que tinha vindo para admirar, acima de tudo, a habilidade do artista em produzir uma ilusão e que sentia rancor da arte na qual essa habilidade estava completamente subordinada à expressão direta do sentimento.' E, em 1912, era sua opinião que os artistas cujos trabalhos foram expostos estavam 'tentando expressar de forma plástica e pictórica certas experiências espirituais.' Por isso, os artistas 'não tentam imitar a forma, mas criar forma; não imitar a vida, mas encontrar um equivalente para a vida ...
Na verdade, seu objetivo não é a ilusão mas a realidade.' Para fazer isso, era importante, tipicamente, provar duas coisas: que o artista sabia desenhar, se ele assim o desejasse, de maneira que o trabalho em pauta não fosse considerado sob a luz do 'já que não sabe' e que o artista fosse sincero. Discussões desse tipo não tinham sido necessárias nos seiscentos anos anteriores da Arte Ocidental."
DANTO, Arthur C. After the end of art: contemporary art and the pa i e of history. The A. W. Mellon lectures in the fine arts. Princeton: Princeton University Press, 1997. p. 52-53.
QUESTÕES
1. De que tipo de arte o povo inglês gostava no início do século XX?
2. Que tipo de arte foi apresentado na exposição de 1912?
3. As acusações feitas pelo público de "falta de jeito e incapacidade" dos artistas revelam que o julgamento baseava-se em que tipo de gosto?
4. Que atitude seria necessária, por parte do público, para que seu gosto fosse educado?
5. Houve uma revolução estética com essa exposição? Por quê?
Soluções para a tarefa
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1.Admirar, acima de tudo, a habilidade do artista.
2.Em 1912, era sua opinião que os artistas cujos trabalhos foram expostos estavam “tentando expressar de forma plástica e pictórica certas experiências espirituais”. “Por isso, os artistas não tentam imitar a forma, mas criar forma; não imitar a vida, mas encontrar um equivalente para a vida...”.
3.gosto próprio
4.-arte que implicava na reconsideração do proposito,objetivo e dos métodos das artes plasticas e pictórica.
5.Sim, porque discussões desse tipo não tinham sido necessárias nos seiscentos anos anteriores da Arte Ocidental.
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