A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que parece, é pelo facto de atingir apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição. (Adaptado de: PLATÃO. A República. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p.457.) Na dualidade ontológica de Platão, a arte possui um lugar específico, sobre ela, podemos afirmar que:
A) é considerada como uma expressão superior, por se aproximar do plano das ideias.
B) a arte é uma imitação perfeita do plano das ideias e o que mais próximo consegue chegar das formas reais.
C) a arte é uma imitação da imitação, portanto, algo inferior e distante da realidade.
D) para Platão, a arte é uma cópia dos fenômenos do plano sensível, mas por conter originalidade, seria uma expressão superior.
Soluções para a tarefa
Resposta: Letra B
Explicação: Platão defendeu a teoria de que o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo inteligível (Mundo das Ideias), representado pelas ideias perfeitas que não sofrem a corrupção, captadas pelo pensamento. Neste mundo, as ideias estão organizadas hierarquicamente das mais elevadas a de menor perfeição, sendo o bem, o belo e o justo as ideias mais elevadas. Oposto ao Mundo das Ideias está o Mundo Sensível (Mundo da Matéria). Neste mundo residem os objetos que temos acesso, porém estes são cópias imperfeitas captadas pelos sentidos. Desta forma, qualquer representação das ideias ou da beleza são apenas imitações (mimesis) das coisas sensíveis e não das verdadeiras ideias. Assim, a arte é uma imitação inferior da perfeição das ideias, sendo considerada como uma mera ilusão para os sentidos.
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