A alta medicalização da sociedade contemporânea, com prescrições exacerbadas de medicamentos, realizadas após diagnósticos em consultas rápidas e únicas, permite-nos questionar: afinal, será que, ainda, não temos doutores Bacamartes, a exemplo do personagem do conto O Alienista, que tornam as pessoas doentes com base em diagnósticos indiscriminados? Os psicoativos, atualmente, utilizados em crianças, não se constituem, também, como forma de controle das pessoas, tal como já vimos em outros períodos da história brasileira? FIGUEROA, Amanda Gladyz Blásquez; CAMPOS, Sonia Maria de. Estudo Sócio-histórico e Neuropsicológico da Medicalização Infantil. Maringá-PR: Unicesumar, 2020. Em nossa disciplina refletimos sobre o uso dos psicoativos e sua ação no organismo, suas classificações e características. A partir de nossos estudos, nesta atividade você deverá elaborar um texto dissertativo que tenha em média 15 linhas e contemple as respostas para os seguintes questionamentos:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os psicofármacos são medicamentos (drogas lícitas) modificadores seletivos do sistema nervoso central que tem como principal modo de ação a estimulação, depressão ou modificadores seletivos da atividade mental. Seu uso indiscriminado ou de forma errônea pode causar diversos efeitos adversos prejudiciais, incluindo a dependência medicamentosa grave, porém quando indicado corretamente após o diagnóstico, o fármaco é um ótimo aliado. Os neurônios são as principais células do nosso cérebro, pois são os responsáveis por produzir e conduzir os impulsos nervosos. Para que haja transmissão destes impulsos é necessário a presença de neurotransmissores. Existem inúmeros neurotransmissores, porém seis deles são considerados "clássicos" (pois foram os primeiros a serem descobertos). São eles: dopamina, adrenalina, serotonina, glutamato, acetilcolina e GABA (Ácido gama-aminobutírico). Hoje já se sabe que a maioria dos psicofármacos agem diretamente, de forma terapêutica, nestes neurotransmissores, ativando, inibindo ou bloqueando os impulsos nervosos. Os psicofármacos são classificados de acordo com sua ação em: ansiolíticos e hipnóticos, antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor. São depressores:
álcool, os inalantes, os ansiolíticos, os barbitúricos (hipnóticos e antiepilépticos) e opiáceos (narcóticos). São estimulantes: anfetaminas e seus derivados, a cafeína, a teofilina e a teobromina. Os antidepressivos e neurolépticos, lembrando que estes últimos são modificadores da função cerebral.
Com relação ao TDAH, o psicofármaco mais utilizado é o metilfenidato. Este medicamento faz parte da família das anfetaminas e age nos receptores como estimulante (leve) do SNC. A criança que recebe o diagnóstico de TDAH geralmente apresenta sinais de inquietude, desatenção e impulsividade. Este fármaco, age diretamente sobre os receptores do SNC, estimulando a liberação de noradrenalina e dopamina que contribuem para redução da sensação de cansaço físico e mental, aumentam o estado de alerta e vigília, provocando um estado de excitação, auxiliando a concentração e estado de atenção.
Explicação:
Aula 3 e pág.93 até 100 do livro da disciplina.