Português, perguntado por leonardodesouza22, 5 meses atrás

A alma das cousas somos nós...
Dentro do eterno giro universal
Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente,
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Nada mais, na verdade,
Nunca mais se repete exatamente...
Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente
Que no-las leva e traz, num círculo fatal;
O que varia é o espírito que as sente
Que é imperceptivelmente desigual,
Que sempre as vive diferentemente,
E, assim, a vida é sempre inédita, afinal...
Estado de alma em fuga pelas horas,
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris
Da sensibilidade furta-cor...
E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas
E a vida somos nós, que sempre somos outros!...
Homem inquieto e vão que não repousas!
Para e escuta:
Se as cousas têm espírito, nós somos
Esse espírito efêmero das cousas,
Volúvel e diverso,
Variando, instante a instante, intimamente,
E eternamente,
Dentro da indiferença do Universo!...
 
LEONI, Raul de. Luz mediterrânea, 1965.
 
Uma leitura atenta do poema permite concluir que seu título representa:
 

A

a negação dos argumentos defendidos pelo eu lírico.

B

a confirmação do estado de alma disfórico do eu lírico. 

C

a síntese das ideias desenvolvidas pelo eu lírico. 


Soluções para a tarefa

Respondido por nathianeelisa32
1

Resposta:

eu colocaria a letra (C)


leonardodesouza22: por qual motivo?
nathianeelisa32: Letra A fala na negação, mas pelo contrário o texto todo só afirma o que está escrito no título.
leonardodesouza22: ok
nathianeelisa32: Letra B, fala que ele está em um estado disfórico, o que não acredito que seja. Aí sobra ela, que faz mais sentido eu acho
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