A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA
A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar. As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas e, em casa, muita gente nem pensa em tomar o líquido que sai da torneira – compra água em garrafas ou galões. Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% – e passou a ocupar um lugar de destaque nas preocupações de muitos ambientalistas. O foco não está exatamente na água, mas na embalagem. A fabricação das garrafas plásticas usadas pela maioria das marcas é um processo industrial que provoca grande quantidade de gases, agravando o efeito estufa. Ao serem descartadas, elas produzem montanhas de lixo que nem sempre é reciclado.
Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização para esclarecer que, nas cidades em que a água canalizada é bem tratada, o líquido que sai das torneiras em nada se diferencia da água em garrafas. As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.
Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006. Esses processos produziram 2,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa, poluição equivalente à de 455.000 carros rodando normalmente durante um ano. O dano é multiplicado por três quando se consideram as emissões provocadas por transporte e refrigeração das garrafas.
O problema comprovado e imediato causado pelas embalagens de água é o espaço que elas ocupam ao serem descartadas. Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente. Quando não vão para aterros sanitários, os recipientes abandonados entopem bueiros nas cidades, sujam rios e acumulam água que pode ser foco de doenças, como a dengue. A maioria dos ambientalistas reconhece evidentemente que, nas regiões nas quais não é recomendável consumir água diretamente da torneira, quem tem poder aquisitivo para comprar água mineral precisa fazê-lo por uma questão de segurança. De acordo com relatório da ONU divulgado recentemente, 170 crianças morrem por hora no planeta devido a doenças decorrentes do consumo de água imprópria.
Texto adaptado de Rafael Corrêa e Vanessa Vieira. Veja. 28 de novembro de 2007, p. 104-105
1- Conclui-se corretamente do 2º parágrafo do texto que parte da solução do problema apresentado está na: *
2 pontos
(A) interferência de ambientalistas no controle da fabricação das garrafas de plástico.
(B) definição do espaço onde as garrafas possam ser descartadas, evitando o entupimento de bueiros e o acúmulo de água.
(C) possibilidade, ainda que remota, de distribuição de água mineral em regiões onde não há água canalizada.
(D) oferta de água canalizada de boa qualidade, para diminuir o engarrafamento de água mineral em todo o mundo.
2- O argumento que justifica a preocupação com o meio ambiente, de acordo com o texto, está na afirmativa: *
2 pontos
(A) A água mineral é hoje associada ao estilo de vida saudável e ao bem-estar.
(B) As garrafinhas de água mineral já se tornaram acessórios de esportistas ...
(C) Nos últimos dez anos, em todo o planeta, o consumo de água mineral cresceu 145% ...
(D) Muitas entidades ambientalistas têm promovido campanhas de conscientização ...
3- Em que afirmativa abaixo identifica-se relação de causa (o que provocou o problema) e consequência (o resultado de uma ação anterior), respectivamente: *
2 pontos
(A) Como demoram pelo menos cem anos para degradar, elas fazem com que o volume de lixo no planeta cresça exponencialmente.
(B) As campanhas têm dado resultado nos lugares onde há preocupação geral com o ambiente e os moradores confiam na água encanada.
(C) Apenas nos Estados Unidos, os processos de fabricação e reciclagem das garrafas plásticas consumiram 17 milhões de barris de petróleo em 2006.
(D) O foco não está exatamente na água, mas na embalagem.
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Resposta:
1 b
2 a
3 a
Explicação:
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