História, perguntado por vagnaneves46, 8 meses atrás

A água encanada está relacionada a questão social? Por que?

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Respondido por vitorfrancisco889
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Resposta:

Você já parou para pensar em como é o acesso à água potável no mundo? A água potável limpa e segura é tão abundante e facilmente disponível que simplesmente a tomamos como garantida. Mas um ato tão corriqueiro de abrir a torneira todos os dias é impensável para milhares de pessoas no mundo.

Segundo um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três pessoas no mundo não tem acesso à água potável.

Assim, a falta de acesso à água potável se dá principalmente em regiões de conflitos e crises humanitárias. Por isso, impacta as populações mais vulneráveis, especialmente as crianças. Dados também da UNICEF mostram que crianças morrem mais por problemas derivados pela água não tratada do que por violência. Ou seja, além dos riscos de viverem em áreas de conflito, sem serviços de água, saneamento e higiene, as crianças morrem de desnutrição e doenças evitáveis, como diarreia, febre tifoide, cólera e poliomielite.

Água potável é vida

Uma pessoa só consegue viver três dias sem água, contra 12 dias sem alimentos. Estima-se que cada pessoa precise de 15 litros de água por dia para beber, cozinhar e se lavar, condições mínimas para se ter uma vida digna. A falta de acesso à água potável é uma contagem regressiva para a morte.

Desse modo, em todo o mundo, bilhões de pessoas pobres ainda enfrentam o desafio diário de acessar fontes de água potável: passar inúmeras horas na fila ou caminhar longas distâncias e lidar com os impactos na saúde do uso de água contaminada.

Milhões ficam doentes ou morrem todos os dias porque são forçados a ficar sem esses serviços mais básicos. Assim, doenças causadas por água insegura e falta de saneamento básico matam mais pessoas a cada ano do que todas as formas de violência, incluindo a guerra, tornando este um dos problemas de saúde mais urgentes do mundo.

Acesso à água potável é um direito humano

Em 2010, a Organizações das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito à água limpa e segura como um direito humano essencial para se viver e poder exercer todos os demais direitos.

Na prática, porém, esse direito precisa ser incorporado às leis internas de cada país, o que não ocorre na maioria dos casos.

No Brasil, se reconhece a água potável como um direito humano, mas isso não tem força de lei. No entanto, estão em tramitação no Congresso Nacional Projetos de Emenda à Constituição que visam regulamentar esse direito.

Por isso, é preciso que os países garantam o direito à água potável para suas populações, mas é importante também lembrar que seu uso não é irrestrito. A ONU também alerta que o grande volume de água utilizado pela agricultura e indústria aumentam o risco de escassez no futuro.

Garantir acesso à água potável para enfrentar as desigualdades

Existe desigualdade no acesso à água potável no mundo. O Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos revelou que os mais pobres têm maior probabilidade de ter acesso limitado a água e saneamento adequados.

Isso porque casas urbanas com água encanada tendem a pagar muito menos por litro de água na conta do que pessoas pobres que moram em favelas e que muitas vezes precisam comprar água de caminhões, gastando cerca de 10 a 20 vezes mais.

Dessa forma, quase metade da população que consome água potável de fontes desprotegidas no mundo vive na África Subsaariana, onde apenas 24% dos habitantes têm acesso a água potável segura. Assim, garantir acesso à água potável, além de uma questão de salvar vidas, é também equilibrar uma questão de desigualdades econômica.

O que a Oxfam tem feito em relação ao acesso à água potável?

Garantir acesso à água potável em emergências humanitárias é uma das especialidades da Oxfam no mundo.

Assim, durante emergências, os sistemas de água e saneamento dos quais a população depende frequentemente entram em colapso ou ficam muito sobrecarregados. As pessoas costumam ficar traumatizadas, com fome, desidratadas e exaustas, assim, mais vulneráveis ​​a doenças como diarreia e cólera. Dessa forma, reconstruir suas casas leva tempo e nesse período as pessoas precisam conseguir sobreviver, mas sem água, elas não durariam muito mais que três dias.

 

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