9- Quais povos foram perseguidos pelo nazismo? Quais os motivos dessa perseguição? *
Soluções para a tarefa
Resposta:
judeus e ciganos
Adolf Hitler, líder do partido nazista, elaborou e expressou as ideias que vieram a ser conhecidas como a “ideologia nazista”. Hitler se imaginava um pensador sério e de profundidade intelectual, e estava convencido de haver encontrado a chave para a compreensão de um mundo extraordinariamente complexo. Ele partia do princípio de que as características, as atitudes, as habilidades e o comportamento das pessoas eram determinadas por suas “origens raciais”. Na sua visão, todos os grupos, raças e povos [sem cultura científica ele usava estes termos como sinônimos] traziam dentro de si traços que haviam sido transmitidos de forma imutável de uma geração para a geração seguinte, e ninguém poderia superar as qualidades inatas da sua raça. Para ele, toda a história humana poderia ser explicada em termos do conceito de luta racial.
Ao elaborar sua ideologia racial, Hitler e os nazistas utilizaram as ideias dos darwinistas sociais alemães do final do século 19. Assim como os darwinistas sociais de antanho, os nazistas acreditavam que os os seres humanos poderiam ser classificados coletivamente como "raças", e que cada raça apresenta características diferentes das demais, as quais foram geneticamente transmitidas desde o surgimento dos seres humanos na Pré-história. Essas características herdadas tinham relação não somente com a aparência e a estrutura físicas, mas também moldavam a a vida mental interna, as formas de pensamento, as habilidades criativas e organizacionais, a inteligência, os gostos e a valorização da cultura, a força física e a capacidade militar.
Os nazistas também adotaram a abordagem social darwinista sobre a teoria da evolução relativa à "sobrevivência dos mais fortes". Para os nazistas, a sobrevivência de uma raça dependia de sua capacidade de se reproduzir e multiplicar, sua acumulação de terras para sustentar e alimentar tal população em crescimento, e do cuidado em manter a pureza de seu patrimônio genético, para assim preservar as características "raciais" exclusivas com as quais a “natureza” os havia dotado para que tivessem sucesso na luta pela sobrevivência. Uma vez que cada “raça” procurava se expandir e o espaço sobre a terra era finito, a luta pela sobrevivência resultava, “naturalmente”, em conquistas e confrontos militares violentos. Desta forma, a guerra – na verdade uma guerra contínua – era parte da natureza, parte da condição humana.
Para definir uma raça, os darwinistas sociais criaram estereótipos, positivos e negativos, sobre a aparência, o comportamento e a cultura de diferentes grupos étnicos, os quais seriam supostamente inalteráveis e baseados em uma herança biológica que não poderia ser modificada, seja ao longo do tempo ou por diferenças de ambiente, intelecto, desenvolvimento ou socialização. Para os nazistas, a assimilação de um membro de uma raça em outra cultura ou outro grupo étnico era impossível, pois os traços originais herdados não poderiam ser modificados: eles seriam apenas degenerados pela miscigenação.