9) Como os Estados Unidos se posicionou na guerra fria, seus ideais políticos e sociais,
esclareça
Soluções para a tarefa
Resposta:
A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. ... O conflito travado entre esses dois países foi responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo.
Resposta:
Explicação:
O que foi a Guerra Fria?
Tanto os Estados Unidos quanto a URSS saíram vitoriosos da Segunda Guerra Mundial, tendo lutado juntos no lado dos Aliados. Entretanto, após o fim da II Guerra e de seus inimigos em comum – o fascismo e o nazismo – terem sido derrotados, iniciou-se uma disputa pelo poder entre as duas superpotências mundiais.
O mundo se tornara bipolar, ou seja, com dois grandes pólos de poder: um de ideologia socialista (URSS) e o outro, capitalista (EUA), formando dois grandes blocos. O restante dos países do globo viu-se “obrigado” a escolher um dos lados para se aliar e obter proteção. Assim, ambos buscavam aumentar sua área de influência, tanto por meios materiais – através da economia e do poder bélico – quanto por suas distintas ideologias.
Procurando se afirmar como maior potência global, ambos iniciaram uma corrida armamentista: eles tentavam sempre superar o poder bélico de seu oponente e avançar em criações tecnológicas voltadas à guerra. A corrida armamentista tornou-se também nuclear: os Estados Unidos possuíam a tecnologia desde 1945, e a URSS realizou seus primeiros testes em 1949.
Outro meio em que a disputa ocorreu de modo muito claro foi no espaço: a conhecida corrida espacial. Os soviéticos contaram com algumas vitórias iniciais: lançaram o primeiro satélite artificial (1957), o primeiro foguete tripulado com um ser vivo (1960) e mesmo o primeiro voo espacial tripulado por um humano (1961). Entretanto, a chegada do homem à lua, realizada pelos Estados Unidos em 1969, foi o ápice dessa corrida.
Um dos maiores símbolos da Guerra Fria foi o muro de Berlim. Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida entre quatro vencedores: França, Inglaterra, Estados Unidos e URSS. Os países capitalistas fizeram uma nova aliança e estabeleceram seu domínio sobre a Alemanha Ocidental. A URSS não aderiu à aliança e passou a ter influência direta sobre a Alemanha Oriental. Em 1961, foi erguido um muro separando as duas partes da cidade em capitalista e socialista: o muro de Berlim, que somente seria desmantelado ao final do conflito.
Apesar do nome “Guerra Fria” e das superpotências não terem entrado em conflito direto em nenhum momento, houve conflitos na periferia do sistema que contaram com a influência dos EUA e da URSS. A Guerra da Coreia, do Vietnã e do Afeganistão são alguns dos exemplos mais conhecidos, que serão novamente abordados ao longo deste conteúdo.
Estes conflitos significavam uma forma de guerra indireta entre Estados Unidos e União Soviética, de demonstrar seu poder e buscar aumentar sua influência nessas regiões. O componente ideológico também estava presente nesses confrontos: eram batalhas em que comunismo/socialismo e capitalismo se enfrentavam.
Conforme Joseph S. Nye Jr., cientista político norte-americano, há três principais linhas de pensamento entre acadêmicos e políticos: os tradicionalistas, os revisionistas e os pós-revisionistas. Vamos entender melhor as diferentes opiniões sobre quem ou o quê causou a Guerra Fria?
Tradicionalistas
Para os tradicionalistas, foi a URSS que começou a Guerra Fria. No pós-II Guerra, os Estados Unidos estariam se utilizando de uma diplomacia defensiva, enquanto os soviéticos tinham um comportamento mais agressivo e expansionista.
Enquanto os EUA desmobilizaram suas tropas no pós-II Guerra, a URSS deixou seus exércitos no leste europeu. A URSS também só teria retirado suas tropas do Irã após forte pressão internacional, e bloqueou Berlim em 1948 e 1949, tentando expulsar os governos ocidentais.
Em 1950, os exércitos norte-coreanos, que compartilhavam da ideologia socialista, atravessaram a fronteira com a Coreia do Sul. Os tradicionalistas afirmam que esses fatos fizeram com que os Estados Unidos começasse a revisar sua política defensiva, iniciando o conflito.
Revisionistas
Já os revisionistas acreditam que o combate foi iniciado pelo expansionismo norte-americano – e não soviético. Eles apontam que, ao final da II Guerra, o mundo não era exatamente bipolar, visto que os Estados Unidos detinham muito mais poder bélico, bem como armas nucleares.
Eles afirmam que a política externa inicial de Stálin no pós-guerra foi bem moderada, permitindo que existissem governos não socialistas na Hungria, Tchecoslováquia e Finlândia, por exemplo.
Para estes pesquisadores, os Estados Unidos que teriam iniciado os movimentos expansionistas, seja pela postura mais dura de Truman, que assume a presidência em 1945 e possui um comportamento mais claramente anticomunista, seja pela necessidade da economia norte-americana em expandir o capitalismo para o maior número possível de territórios.